Helibras fecha venda de 280 milhões de euros com a Líder Aviação

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
03/10/2012 às 06:41.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:45
 (Felipe Christ/Helibras)

(Felipe Christ/Helibras)

ITAJUBÁ – A Helibras anunciou nessa terça-feira (2) a assinatura de uma carta de intenções com a Líder Aviação para fornecimento de 14 helicópteros de grande porte EC-225 para atender ao mercado de plataformas de petróleo offshore. O negócio, estimado em € 280 milhões, reforça os planos da controladora da Helibras, a europeia Eurocopter, de consolidação de um polo aeronáutico no Sul de Minas Gerais com capacidade para projetar aeronaves de asas rotativas.

O EC-225 é a versão civil do modelo EC-725, um helicóptero com capacidade para transportar 2 pilotos mais 28 soldados e peso máximo de 11 toneladas. O anúncio foi realizado durante a inauguração da linha de produção do EC-725 em Itajubá, viabilizada após a encomenda de 50 unidades pelas Forças Armadas brasileiras, em 2008, por € 1,9 bilhão. A meta é atingir 50% de nacionalização.

Consolidação

“Estamos consolidando a dualidade do projeto”, disse o presidente da Helibras, Eduardo Marson. Desde o início da expansão da Helibras, a empresa conta com as encomendas civis do setor de petróleo para alavancar a nova linha de produção.

No mercado offshore, cada aeronave do porte do EC-225 custa em torno de 20 milhões de euros. “Com o barril de petróleo a mais de US$ 100, a atividade está bastante aquecida e as empresas querem chegar a lugares cada vez mais distantes. Nesse quesito, nenhum helicóptero faz o que o 725 faz”, afirmou o presidente da Eurocopter, Lutz Bertling.

Engenharia

A Eurocopter pretende transformar a Helibras em um centro de engenharia global com capacidade para projetar helicópteros em uma década. A encomenda das Forças Armadas é uma das âncoras do projeto e elevou o número de engenheiros da planta de nove, em 2009, para 70.

Com a expansão, o Centro de Engenharia da Helibras recebeu da Eurocopter o Design Authorized Organization Certificate. A certificação transformou a empresa no quarto pilar de engenharia do grupo, juntamente com a França, a Alemanha e a Espanha.

Otimismo

A crise não inibiu os planos de ampliação. “Justamente em função da crise na Europa, houve a diminuição dos nossos negócios com os governos de lá, onde atualmente a pressão de orçamentos é enorme. Já no Brasil, é um ótimo lugar para se estar. O país está em pleno desenvolvimento econômico e os jovens têm ambição de subir no mercado de trabalho”, disse Lutz Bertling.

(A repórter viajou a convite da Helibras)
 
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