Hotéis Financial e Liberty mudam foco às vésperas da Copa

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
28/01/2013 às 13:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:18
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

A 500 dias do início da Copa do Mundo de 2014, dois hotéis tradicionais de Belo Horizonte, o Liberty e o Financial, se preparam para tomar novos rumos.

Localizado a poucos metros da Praça Sete, no Centro da capital, o Financial pode, em breve, mudar de mãos. Os seis proprietários, herdeiros de Antônio Luciano Pereira Filho – empresário que ostentou o título de “dono de metade de BH” e famoso por seus mais de 30 filhos –, cogitam a venda e mantém negociações com um grupo de investidores.

Já o Liberty Palace Hotel, no coração da Savassi (primeiro quarteirão da rua Paraíba), vai ser transformado em um prédio de salas comerciais, segundo fontes do mercado.

Apagar das luzes
 
“Funcionários mais próximos da diretoria já foram comunicados da decisão. Alguns estão até à procura de novos empregos. Quem ficar, verá o apagar das luzes”, afirma um especialista do setor de hotelaria ligado à família Capanema, proprietária do Liberty.

De acordo com a mesma fonte, o projeto está em fase final de elaboração e deve ser encaminhado nas próximas semanas à Prefeitura, que precisa conceder a autorização para a nova destinação do edifício.

O motivo da mudança de foco seria a rentabilidade. O Liberty tem atualmente ocupação entre 70% e 75%, mas manter o hotel em funcionamento custa caro. São 94 apartamentos e cerca de 85 funcionários.

“Trata-se de um produto bom. Mas uma folha de pagamento tão extensa, embora necessária, inviabiliza o lucro. É mais vantajoso investir no mercado imobiliário, local onde os Capanema têm muito mais experiência”, disse um outro profissional tarimbado do ramo, que pediu que não fosse identificado.

O hotel pertence a Maria José Capanema, também proprietária de vários outros imóveis na Savassi. Ela não retornou à ligação do Hoje em Dia, mas sua filha Silvania Capanema, que ocupou o cargo de diretora do Liberty e foi presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), por e-mail, informou que o funcionamento do Liberty está garantido até a Copa de 2014.

“Depois, se a ocupação média cair para menos de 50%, (o hotel) deixa de ser um negócio rentável. Aí, pode ser que seja transformado em salas comerciais”, disse. Ela classificou com “lorota” a informação de que o hotel estaria com seus dias contados.
 
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