Iata teme alta em tarifa aeroportuária após privatização

Silvana Mautone
06/08/2012 às 16:24.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:13

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) teme que os altos valores pagos nos leilões de aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, que tiveram um ágio médio de cerca de 350%, acabem causando um forte aumento nas tarifas aeroportuárias, a exemplo do que ocorreu em outros países. "Na África do Sul, as tarifas subiram 70% em 2011. No aeroporto de Nova Délhi, na Índia, devido à construção de um novo terminal em tempo recorde, 36 meses, o reajuste das tarifas foi de 600%. Hoje, o aeroporto de Nova Délhi é o mais caro da Ásia", disse nesta segunda-feira Carlos Ebner, diretor da Iata no Brasil.

Segundo ele, a discussão de que Guarulhos tem entre seus principais competidores os aeroportos de Campinas e o Galeão, no Rio de Janeiro, não faz sentido. "Os reais concorrentes de Guarulhos são os aeroportos de Lima, Miami e Madri", disse. Na sua opinião, é preciso transformar Guarulhos num "hub internacional" e seus custos e infraestrutura têm de ser competitivos em relação a outros aeroportos do mundo. "O Brasil ainda oferece um baixo índice de conectividade e tem o combustível de aviação mais caro do mundo", disse. "Precisamos pensar fora da caixa."

O diretor da Iata participa do Aeroinvest 2012 - 3º Fórum Internacional de Investidores em Infraestrutura Aeroportuária, que está sendo realizado em São Paulo.
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