Idosos formam maior grupo de inadimplentes no Brasil

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
24/07/2013 às 07:15.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:19

Idosos formam o grupo com mais registros no Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC. Pesquisa da entidade mostra que, em junho, eles corresponderam a aproximadamente 25% dos consumidores com o nome sujo na praça.   Ou seja, pelo menos um em cada quatro brasileiros com alguma conta pendente tinha 65 anos ou mais. O cadastro só contabiliza dívidas com atraso no pagamento superior a 90 dias.   De acordo com a instituição, a inadimplência dos idosos tem se mantido em cerca de 25% desde o início do ano, quando o levantamento considerando a idade dos devedores começou a ser feito. “É um dado preocupante, já que essas pessoas estão em uma faixa etária em que as despesas crescem”, alerta o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.   As razões para o calote são muitas. A primeira delas, segundo aponta Borges, é a redução da renda com o afastamento do trabalho e a necessidade de se viver apenas com o dinheiro da aposentadoria.   Se, por um lado, o rendimento diminui, por outro, os gastos crescem exponencialmente, principalmente com medicamentos, exames e plano de saúde. Ainda contribui a “ajuda” a familiares, com direito a empréstimo do nome e mais contas para quitar.   “Em muitos casos, os parentes são mesmo serpentes”, diz o presidente do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do Regime Geral de Previdência Social de Minas Gerais (Sinap-MG), Adilson Rodrigues.   Segundo ele, seja entre filiados do sindicato ou na roda de amigos, não são raros os casos de gente da terceira idade que emprestou o nome para filhos, sobrinhos, genros, noras e netos, e depois teve que assumir a dívida.   “O que mais tem é idoso obrigado a arcar com prestação de carro ou moto de familiares”, lamenta ele, lembrando que quase 18 milhões dos cerca de 30 milhões de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganham somente o correspondente ao salário mínimo, hoje estipulado em R$ 678. Considerando-se a média geral, a renda está estacionada em torno de R$ 930.   “Os aumentos passaram ser engolidos pela inflação. Junta-se a isso a economia que não vai bem , o que só atrapalha”, avalia Rodrigues, lembrando que aqueles que recebem acima de um salário mínimo têm percentuais de reajuste menores, apenas de reposição da inflação, o que gera uma perda de poder aquisitivo ao longo dos anos.    Leia mais nahttp://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/login/93

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por