Inflação oficial sobe e atinge maior patamar em 20 anos

Estadão Conteúdo
08/04/2015 às 09:57.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:33

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 1,32% em março, ante alta de 1,22% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (8). O resultado veio abaixo da mediana das estimativas, de 1,37% conforme analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa entre 1,20% e 1,45%. Porém o IPCA de março é o maior para o mês desde 1995 (+1,55%) e o maior desde fevereiro de 2003 (+1,57%).

No primeiro trimestre, o IPCA acumula alta de 3,83%, número abaixo da mediana esperada, de 3,89%, mas dentro do intervalo das estimativas, que ia de 3,70% a 4,30%, porém a mais elevada para esse período desde 2003, quando a alta foi de 5,13%. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 8,13%, a maior desde dezembro de 2003 (9,30%).

Energia elétrica puxou alta da inflação 

A energia elétrica foi, sozinha, responsável por mais da metade da alta de 1,32% registrada no IPCA de março. Com um aumento médio de 22,08%, o item teve um impacto de 0,71 ponto porcentual de impacto, o que representa 53,79% do IPCA do mês passado.

"Com a entrada em vigor, a partir de 2 de março, da revisão das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ocorreram aumentos extras, fora do reajuste anual, para cobrir custos das concessionárias com a compra de energia. Na mesma data, houve reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50", destacou o IBGE.

No Rio de Janeiro, a variação da energia refletiu também o reajuste anual de 34,91% em uma das concessionárias, que entrou em vigor em 15 de março. Neste ano, a energia elétrica em todas as regiões já subiu em média 36,34%. Nos últimos 12 meses, a conta está 60,42% mais cara. O resultado do mês de março fez com que o grupo Habitação registrasse o maior resultado do mês, com alta de 5,29%. A categoria ainda recebeu impactos de mão de obra para pequenos reparos (1,25%) e condomínio (0,96%).
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