Japão nega ter ouvido reclamações sobre câmbio no G-7

Álvaro Campos
11/05/2013 às 10:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:35

O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, disse neste sábado, 11, que não houve reclamações sobre o plano de relaxamento monetário do banco central do país ou o forte enfraquecimento do iene durante o encontro dos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-7, que ocorre nos arredores de Londres.

A mesma declaração foi dada pelo presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, que disse aos repórteres ter explicado para seus colegas do G-7 que as ações da autoridade monetária visam combater a deflação. "Acho que o G-7 entende melhor os objetivos e efeitos esperados das ações do BoJ", afirmou.

Apesar desses comentários, o ministro de Finanças do Canadá, James Flaherty, disse que existiram expressões de preocupação sobre a questão cambial durante o encontro do G-7, sem dar mais detalhes. Já o ministro de Finanças da França, Pierre Moscovici, afirmou que o grupo concordou que a política monetária deve ter um alvo "doméstico, não externo". O Japão tem sido criticado por diversos países, após o banco central adotar no início de abril um ousado plano de relaxamento monetário para combater a deflação, mas que provocou uma forte desvalorização do iene.

No âmbito das políticas fiscais, Flaherty disse que houve uma "discussão animada", e Moscovici comentou que está surgindo um novo consenso em favor do crescimento, não da austeridade. A mesma visão é compartilhada pelos EUA. Uma autoridade do Tesouro norte-americano que participou do encontro do G-7 disse que o país aprecia a flexibilidade adicional na consolidação fiscal da zona do euro.

Mais cedo, o ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, havia afirmado que o G-7 se comprometeu a não buscar metas para suas taxas de câmbio e que é preciso incentivar a recuperação econômica. Segundo ele, o encontro obteve grandes progressos. "Foi a reunião mais produtiva que eu já vi", comentou. As informações são da Dow Jones e da Market News International.
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