Lei determina gôndola exclusiva para orgânico

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
03/08/2013 às 08:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:38

Considerados os queridinhos saudáveis da mesa dos brasileiros, os alimentos orgânicos, isentos de hormônios e agrotóxicos, tiveram assegurado por lei lugar de destaque, também, nos supermercados de Minas Gerais.

Desde ontem, os estabelecimentos comerciais estão obrigados a dispor de um local específico para a venda desses produtos, conforme determina a Lei 20.833/2013, publicada ontem no Diário Oficial de Minas Gerais.

A legislação chega para reforçar o momento de transição que o consumidor vive e para facilitar o acesso aos alimentos mais saudáveis, de acordo com o Coordenador de Apoio à Agroecologia da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Eugênio Resende.

“Há anos consumimos produtos com agrotóxico, mas, agora, isso está mudando. É preciso haver uma fase de adaptação”, afirma.

Para contribuir com aqueles que já aderiram à alimentação isenta de insumos artificiais, a CeasaMinas está desenvolvendo um projeto que prevê a criação de um pavilhão climatizado voltado para o comércio de hortaliças orgânicas, com horário de atendimento diferenciado do restante do entreposto.

“Queremos estimular não só o consumo, mas, também, a produção de orgânicos no Estado. Sabemos da importância deles na vida do consumidor”, diz o chefe do departamento técnico da CeasaMinas, Wilson Guide.

Produção em baixa

Apesar do aumento na demanda, a produção de alimentos orgânicos, em Minas, ainda é considerada incipiente. Atualmente, o cultivo está concentrado no Cinturão Verde de Belo Horizonte, onde predominam as hortaliças, e no Sul do Estado, dedicado ao café e ao morango.

“É um mercado que está ganhando força, mas Minas ainda está muito aquém do seu potencial. E o problema não está no custo da produção, mas na falta de conhecimento e capacitação de técnicos e agricultores, que ignoram a tecnologia disponível para o cultivo de orgânicos”, afirma o coordenador técnico regional de olericultura da Emater-MG, Fernando Tinoco.

Diante do desequilíbrio entre oferta e demanda, o consumidor ainda tem dificuldades para encontrar alimentos orgânicos à venda. Atualmente, alguns supermercados de Belo Horizonte e feiras livres da cidade comercializam os produtos, que devem ser devidamente identificados.

“Todo produto orgânico vendido em lojas e mercados tem que apresentar o selo de certificação em seu rótulo”, diz o coordenador da Comissão da Produção Orgânica em Minas, Gil Teixeira Filho.

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