Logística deficiente causa prejuízo de R$ 15 bilhões ao ano

Iêva Tatiana* - Hoje em Dia
01/05/2013 às 07:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:18

RIBEIRÃO PRETO – A safra recorde brasileira projetada para este ano (cerca de 180 milhões de toneladas de grãos – 30 milhões acima do que foi colhido em 2012) traz à tona um dos mais graves gargalos do agronegócio nacional: a deficiência da logística. Diante da capacidade estática da armazenagem, o desperdício chega a 10% da safra, resultando em um prejuízo aproximado de R$ 15 bilhões por ano.

Mirando a oportunidade gerada pelo gap do setor, a brasileira Kepler Weber, fabricante de equipamentos para armazenagem, beneficiamento e movimentação de granéis, anunciou, na terça-feira (30), durante a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), o desenvolvimento de megassilos metálicos, capazes de armazenar até 30 mil toneladas de grãos – atualmente, o silo com maior capacidade de armazenagem chega a sete mil toneladas.

“Os problemas de logística no Brasil saem caros para a economia nacional e para o produtor, principalmente, quem tem menos retorno financeiro. O mercado precisa armazenar menos nos caminhões, para assegurar uma melhor qualidade dos produtos”, afirma o vice-presidente da empresa, Olivier Colas.
De acordo com Colas, os megassilos metálicos, ainda em fase de teste, sem previsão de lançamento ou preço no mercado, levarão cerca de 180 dias para serem fabricados e instalados – a metade do tempo gasto com os silos de concreto.

“A falta de mão de obra qualificada é um problema em todos os setores produtivos, no país, mas é mais grave na construção civil. Mais uma razão para os silos metálicos terem preços mais competitivos do que os de concreto”, diz o vice-presidente da Kepler.


Novidades

A americana John Deere também anunciou projetos para otimizar a produção no Brasil, aumentando as safras anuais. O projeto “Agricultura sem Parar”, em processo de desenvolvimento, consiste na técnica de irrigação por gotejamento, o que evitaria a suspensão da produção nos períodos de estiagem.

“Dessa maneira, o produtor poderá chegar ao mercado com um produto em plena entressafra, praticando um preço inatingível por outros agricultores”, afirma o presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann.

*A repórter viajou a convite do pool de expositores

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