Mais da metade dos comerciantes de Minas espera Páscoa pior que a de 2020

Da Redação
25/03/2021 às 15:12.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:30
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Terceira data mais rentável para o comércio na primeira metade do ano, atrás apenas dos dias das Mães e dos Namorados, a Páscoa irá impactar positivamente apenas 44,5% das empresas varejistas de gêneros alimentícios de Minas Gerais. O total é 5,2 pontos percentuais abaixo do que foi registrado no mesmo período de 2020, segundo a pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista – Páscoa 2021”, elaborada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio-MG e divulgada nesta quinta-feira (25).

A cautela do segmento, segundo a Fecomércio, reflete o atual cenário da pandemia de Covid-19 em todo o Estado, que impôs a restrição no funcionamento de milhares de negócios. Apesar disso, para 43,8% dos empresários, o otimismo/esperança e a percepção de melhora das vendas nos últimos meses (28,1%) são fatores que podem potencializar o faturamento no período. Apostando nesses fatores, 18,5% das empresas acreditam que os resultados serão superiores aos registrados em 2020.

Para atrair os consumidores, 45,7% dos empresários pretendem investir em promoções e liquidações e 20,8% irão apostar na divulgação. “O apelo emocional das datas comemorativas ajuda a sustentar a confiança nas vendas. Mesmo com o isolamento social, muitos consumidores devem dar presentes de Páscoa, como ovos de chocolate. Além disso, a data aquece o comércio de gêneros alimentícios, um dos setores autorizados a funcionar, desde que siga os protocolos contra o Covid-19”, explica a analista de pesquisa da Federação, Carolina Barcelos.

Superação da desconfiança

Por outro lado, 54,3% dos empresários afirmaram que as vendas serão piores em comparação ao ano passado, devido à crise econômica (44,7%), à pandemia do novo coronavírus (43,6%) e à falta de dinheiro/desemprego (35,1%). Em virtude disso, 54% dos empresários esperam que o consumidor gaste, em média, até R$50,00 com produtos relacionados à Páscoa.

Com a renda das famílias afetada pela crise causada pelo novo coronavírus, a analista de pesquisa pontua que os empresários podem apostar em diferenciais para potencializar as vendas do período. “Com boa parte do comércio fechado, uma alternativa é apostar na força das redes sociais e nos canais de atendimento para alavancar as vendas. Além disso, o delivery e a retirada de produtos no balcão seguem como soluções permitidas pelo governo”, ressalta Carolina.

O levantamento também apontou que 93% dos entrevistados acreditam que o consumidor fará busca de preços durante as compras. Já a forma de pagamento mais esperada pelos empresários é o cartão de crédito (53,8%), em uma única parcela. Essa opção cresceu 17,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período, um reflexo das mudanças no consumo causadas pela pandemia.

A pesquisa “Expectativas do Comércio Varejista – Páscoa 2021” foi realizada com 389 empresas espalhadas pelas dez regiões de planejamento do estado (Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas, Triângulo e Zona da Mata). A escolha visa tornar a análise mais abrangente e completa. A margem de erro da pesquisa, realizada entre 1° e 10 de março, é de 5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

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