Minas Gerais vai receber R$ 56,3 bilhões em investimentos nos próximos 24 meses, de acordo com levantamento realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG). Setores como mineração, siderurgia e automotivo ainda concentram a maior parte dos recursos, mas outros segmentos como energia e construção de shopping centers aparecem com destaque e indicam a interiorização dos aportes.

A pesquisa é realizada trimestralmente pela entidade e foi apurada elevação de 8,5%, ou R$ 4,3 bilhões a mais na intenção de investimento no terceiro trimestre em relação ao anterior.

De acordo com o analista de inteligência empresarial do Sebrae-MG Ricardo Leopoldo, os setores industriais poderão sofrer alguma redução nos próximos levantamentos em virtude de contingenciamento motivado pelos impactos da crise nos mercados externos. Essa queda, porém, poderá ser compensada por setores que se apoiam no mercado interno. “A diversificação e interiorização dos investimentos é uma tendência. Shopping centers e a rede hoteleira podem compensar uma eventual ligeira queda na mineração e siderurgia”, disse.

Energia

Os aportes do setor de energia também podem pesar de forma favorável. De acordo com Leopoldo, estão em alta investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e em energia eólica. Outro setor com destaque é a indústria química, em especial no Triângulo Mineiro. Ela agrega produtos ligados à agropecuária e também engloba insumos industriais.

No primeiro trimestre, o levantamento revelou uma perspectiva de investimentos da ordem de R$ 47,9 bilhões, que passou para R$ 51,9 bilhões no trimestre seguinte, e agora está em R$ 56,3 bilhões.