Juiz de Fora, na Zona da Mata, se transformou na maior promessa de consolidação, em Minas, de parques industriais tecnológicos. Nessa quinta-feira (29), a direção da fabricante portuguesa de semicondutores Nanium assinou com o Governo do Estado protocolo de intenções para a implantação de uma unidade industrial na cidade.

A expectativa é de que pelo menos outras 50 empresas sejam atraídas para o polo em função da proximidade com a Nanium. Os semicondutores são utilizados em todos os equipamentos eletrônicos que utilizam chip, de brinquedos a celulares e computadores.

Investimento

O investimento da empresa será de R$ 30 milhões. A produção será destinada exclusivamente ao mercado brasileiro. Um novo aporte de R$ 30 milhões já é considerado. Serão gerados 150 empregos diretos. Mas, para a fábrica sair do papel, falta ainda um parceiro local, ligado ao mercado e com acesso à indústria. “Temos o know how, mas precisamos de um sócio-estratégico. Duas opções estão em análise”, disse o diretor executivo da Nanium, José Miranda Chaves Netto.

Até outubro terá início a primeira fase do projeto, quando a unidade será instalada temporariamente no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). No primeiro momento, serão fabricados módulos de memória DRAM e módulos de Flash, usados em pen drives, computadores e máquinas fotográficas. Já na segunda etapa, prevista para 12 meses após a conclusão da fase inicial, será a vez de cartões de memória para desktops, notebooks e tablets.

Opções

Belo Horizonte também foi estudada pela empresa em função da possibilidade de instalação da SIX (antes, Companhia Brasileira de Semicondutores) na Região Metropolitana. “Era de interesse nosso que a SIX se instalasse em uma área vizinha, pois ela transformaria o silício em placas. E nós transformamos placa em chips. Mas não podíamos mais esperar”, afirmou o diretor executivo.

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