Nelson Barbosa vai substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda

Estadão Conteúdo
18/12/2015 às 17:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:23
 (ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO)

O Planalto anunciou nesta tarde de sexta-feira (18) por meio de nota, que o ministro Nelson Barbosa será o novo titular do Ministério da Fazenda, em substituição a Joaquim Levy. Para a pasta do Planejamento foi nomeado Valdir Simão, que ocupava o cargo de ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU). Em seu lugar, assume interinamente Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

A presidente agradeceu "a dedicação" de Levy e disse que ele "teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica". Dilma desejou "muito sucesso nos seus desafios futuros".

A saída de Levy já estava sendo cogitada há tempos, mas foi antecipada após declarações do ministro com críticas ao governo e que reforçavam sua vontade de deixar o cargo. "O ministro Levy já até se despediu no Conselho, ele que está antecipando essa substituição", afirmou uma fonte ligada à presidente hoje pela manhã.

Em entrevista à Agência Estado, por diversas vezes Levy referiu-se ao "final do ano legislativo", como se isso marcasse o fim de sua missão no governo. E sobre a dificuldade de Dilma encontrar um nome para substituí-lo, foi sucinto. "Sempre se encontra um sucessor", disse. "Meu caminho é de paz interior. Estou tranquilo."

Segundo interlocutores, Dilma procurou uma "solução caseira" e Barbosa foi escolhido pela proximidade com a presidente e pelo fato de que "ele já tem os números na cabeça" e conhece a situação atual.

A decisão da presidente Dilma de dar o aval para que a meta fiscal de 2016 fosse reduzida significou uma derrota para Levy, que defendia a todo custo a manutenção da meta em 0,7% do PIB (R$ 43,8 bilhões). O parâmetro aprovado no Congresso é de 0,5% do PIB.

Para a Fazenda, também haviam sido cotados os ministros Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que seria a "ponte necessária" com o empresariado. E Jaques Wagner (Casa Civil), que teria um perfil político com interlocução no Congresso. Barbosa foi o escolhido.

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