Parcerias tentam dar impulso a pagamentos via celular

Nayara Fraga
29/11/2012 às 09:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:51
Números de brasileiros endividados aumenta no Brasil, aponta pesquisa (Milson Veloso)

Números de brasileiros endividados aumenta no Brasil, aponta pesquisa (Milson Veloso)

Os pagamentos via celular são vistos há tempos como o futuro das transações financeiras, por sua simplicidade. Mas, apesar de toda a tecnologia disponível, esses serviços vêm encontrando dificuldades para deslanchar. No Brasil, uma nova onda de parcerias entre empresas de telefonia e instituições financeiras tenta finalmente tornar essas operações mais populares.

Na quarta-feira (28), Telefônica e Mastercard, que criaram a empresa Mobile Financial Services (MFS) para disputar esse mercado, anunciaram a chegada de um novo "produto de inclusão financeira" que tem o celular como ponto de partida. "É para facilitar a vida de quem não tem conta corrente", disse o presidente da MFS, Marcos Etchegoyen.

Segundo o executivo, a vantagem do novo sistema é a sua simplicidade. Para começar a usar o produto (ainda sem nome), bastará a quem é cliente Vivo digitar um código no celular, fazer um cadastro e ir a uma loja parceira da operadora para fazer a carga do dinheiro. É como se o usuário estivesse abrindo uma conta bancária. Ele ainda tem direito a um cartão físico para compras e saques. Mas trata-se de uma conta pré-paga, semelhante ao procedimento usado hoje na carga de crédito no celular pré-pago.

Com o cartão em mãos e o cadastro feito, a pessoa poderá transferir dinheiro para quem também se tornou cliente da MFS, fazer recargas de celular, comprar em locais que aceitem Mastercard e sacar dinheiro em terminais da rede Mastercard Cirrus. A MFS lançará esse sistema em abril de 2013, ano em que a empresa espera conquistar 200 mil clientes ativos e 500 mil transações por mês. "Nossa meta é atingir boa parte da população brasileira", afirmou Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica no Brasil.

Segundo o especialista em telecomunicações Guilherme Ieno, o ponto positivo do pagamento móvel é difundir os serviços financeiros para todas as classes. "Para os bancos, o interesse é permitir alcançar quem normalmente eles não alcançam hoje." Ele questiona, no entanto, o modo como esses serviços serão difundidos. "Como vai funcionar a interação entre esses sistemas? Os terminais que aceitam Oi vão aceitar Vivo ou Claro-Bradesco?", pergunta.

A empresa de pesquisa Gartner prevê que o número de usuários do pagamento móvel na América Latina seja de 10.479 milhões em 2013, ante os 8.456 milhões previstos para 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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