Plano da CSN invibializa usina de aço em Congonhas

Bruno Porto - Do Hoje em Dia
30/01/2013 às 07:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:26
 (Luiz Costa/Hoje em Dia)

(Luiz Costa/Hoje em Dia)

Os últimos movimentos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) sinalizam que a empresa pode ter desistido, em definitivo, da construção de uma usina de aço em Congonhas, na região do Campos das Vertentes.

Para o mercado, a possibilidade de uma nova usina inexiste. A empresa, que atua nos setores de mineração e siderurgia, tem interesse na aquisição de ativos siderúrgicos da ThyssenKrupp e estaria em tratativas para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), via BNDESPar, se associasse à empresa e participasse do negócio com aporte de R$ 4 bilhões. O valor total da compra é estimado em R$ 8 bilhões.

Os ativos da Thyssen que estão à venda são a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), com capacidade de 5 milhões de toneladas anuais de placas de aço, localizada em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e uma laminadora de chapas instalada no Alabama, nos EUA.

O plano da companhia para Congonhas, segundo informações da própria empresa, seria para uma usina com capacidade de 1 milhão de toneladas de aços longos ao ano.

“A CSN não vai construir, não faz nenhum sentido. Ela vai comprar a CSA porque está muito barato. E busca no BNDES um parceiro para dividir custos porque vai ter prejuízo por um bom tempo”, afirmou o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

Engodo

Consultor do setor, Otto Andrade classificou a usina de Congonhas como um engodo. “Há anos a CSN sustenta essa história, que não sai do papel”, aponta. Ele, no entanto, considera o plano viável. “É mais barato para a CSN construir uma usina pequena do que comprar uma megausina”.

A usina seria erguida em um distrito industrial que também não saiu do papel em Congonhas. Em 2007, o governo estadual assinou decreto tornando de utilidade pública uma área do povoado de Joana Vieira para construção do condomínio de indústrias. O decreto venceu no final de 2012 e nenhuma intervenção foi realizada. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico informou que negocia um novo protocolo de intenções com a CSN.
 

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