Poupança supera a maioria dos fundos de renda fixa

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
14/07/2012 às 11:08.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:33
 (SXC.HU)

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Com a redução da taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 8% ao ano, a menor da história, a velha e boa poupança perde rentabilidade, mas ainda paga mais do que a maioria dos fundos de renda fixa. A principal vantagem da caderneta é que ela não tem incidência de Imposto de Renda (IR) e taxa de administração.

Comparações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostram que a poupança antiga está imbatível. Com o corte da Selic para 8% ao ano, as cadernetas antigas terão rendimento de 0,52% ao mês, correspondente a 6,42% ao ano, com TR.
“A poupança antiga vai ter um rendimento superior ao dos fundos em todas as situações, com exceção das aplicações nos fundos com a taxa de administração de 0,50% ao ano e cuja aplicação tenha seu prazo de resgate superior a dois anos, situação em que a alíquota do Imposto de Renda é menor. Neste caso, a poupança empata com os fundos”, afirma o vice-presidente da Anefac, o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira.

As novas contas, com o corte do Copom, passarão a ter um rendimento mensal de 0,47% (ou 5,80% ao ano, já com TR). Ainda assim, aponta o levantamento, só perdem para os fundos de renda fixa, independentemente do prazo de resgate, quando a taxa de administração cobrada por eles for de 0,50% ao ano ou inferior - normalmente disponível para aplicações de valores acima de R$ 50 mil.

“Com as alterações feitas nas regras da poupança, as contas antigas, com as prováveis quedas da taxa básica de juros, passarão a ter um retorno financeiro maior, seja sobre a nova poupança ou sobre os fundos de investimentos. Essa vantagem será maior quanto maior for a queda da taxa básica de juros”, diz.

Custos influenciam

Segundo Oliveira, quando o juro era mais alto, remunerando melhor os fundos, os custos não pesavam tanto para o investidor. Porém, afirma ele, desde que a Selic caiu para menos de 12% ao ano, os fundos de renda fixa começaram a deixar de compensar.

Para o vice-presidente da Anefac, a tendência se manteve mesmo com a mudança nas regras da poupança. “Daqui para a frente, o investidor vai ter de pesquisar cada vez mais as taxas dos fundos”, recomenda.

Além de comparar os custos antes de aplicar, recomenda o vice-presidente da Anefac, o investidor deve considerar a possibilidade de mudar os recursos de um fundo para outro quando encontrar alternativas similares mais em conta.

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