A explosão de condomínios no entorno de Belo Horizonte é um fenômeno ainda longe do fim. Pelo menos é o que indica a atual demanda por imóveis e o comportamento dos preços. Enquanto os preços dos apartamentos em Belo Horizonte tendem à estabilização, lotes e casas em condomínios continuam se valorizando. O motivo, ainda é a busca por qualidade de vida, mas a ele se soma o grande desenvolvimento do Vetor Norte que atrai um exército de novos moradores para Lagoa Santa e região. Nova Lima Já nos condomínios de Nova Lima e Matozinhos, o que se vê é um grande número de profissionais que, aproveitando a consolidação das novas mídias eletrônicas, optaram por trabalhar em casa e junto à natureza. O resultado é que, nos últimos dois anos, os preços de imóveis em condomínios registraram valorização de 15% a 20%, segundo corretores. Nos condomínios de Lagoa Santa, o valor do metro quadrado varia, hoje, de R$ 120 a R$ 500. Já em Nova Lima, a média é de R$ 400. “A euforia de BH acabou e a bola da vez é, principalmente, o Vetor Norte por causa da Cidade Administrativa, da Linha Verde e das melhorias previstas para o aeroporto de Confins”, afirma o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais, Paulo Tavares. Zona de conforto De acordo com o diretor de projetos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, as pessoas estão perdendo a dependência de Belo Horizonte também porque já encontram o que precisam onde estão. Para ele, esse movimento vem acontecendo no mundo inteiro, especialmente, em função dos congestionamentos frequentes e da violência típica das cidades grandes. “É natural que haja esse transbordamento da cidade grande. Mas, mais do que uma migração, consideramos essa uma nova forma de viver, e priorizar a qualidade de vida conta muito atualmente”. Leia mais na Edição Digital