Preços dos alimentos subiram 6% em julho, diz FAO

AFP
09/08/2012 às 10:03.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:19

PARIS - Os preços dos alimentos subiram 6% em julho em relação a junho, colocando fim a três meses consecutivos de quedas, devido à escassez de cereais e açúcar, anunciou nesta quinta-feira (9) a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
 

O índice FAO de preços dos alimentos se situa em uma média de 213 pontos, 12 pontos a mais em relação a junho, mas continua longe dos 238 pontos de fevereiro de 2011, indica a organização em um comunicado. Já o índice da FAO do preço dos cereais alcançou uma média de 260 pontos, 38 pontos a mais em relação a junho, e está a 14 pontos de seu recorde absoluto de 274, alcançado em abril de 2008, lembra a organização.

Nos Estados Unidos, a seca arruinou os cultivos de milho, aumentando os preços em 23% em julho. O preço do trigo também subiu 19%, diante das perspectivas de uma queda da produção na Rússia, enquanto a demanda será mantida devido às reservas limitadas de milho. "A grave deterioração das perspectivas dos cultivos de milho nos Estados Unidos devido aos danos provocados pela seca provocou o aumento dos preços do milho em quase 23% em julho", explicou a entidade.

No entanto, o preço do arroz permaneceu praticamente sem mudanças em julho. Quanto ao açúcar, o preço subiu em julho pelas condições meteorológicas no Brasil, principal exportador mundial, assim como na Índia e na Austrália, ressalta a FAO em seu comunicado. "A subida colocou fim a uma queda constante desde março provocada pelas chuvas intempestivas no Brasil, que dificultaram a colheita da cana de açúcar", informa a nota.

O índice mede as mudanças mensais nos preços internacionais de uma cesta de produtos básicos. A entidade das Nações Unidas ressalta que os preços internacionais da carne e de produtos lácteos sofreram pequenas mudanças.

Os preços da carne tiveram uma média de 168 pontos em julho, 3 pontos a menos (1,7%) em comparação com junho e a terceira queda mensal consecutiva. Os quatro principais setores de carne se caracterizaram pelo enfraquecimento do mercado, em especial a
 de porco, que viu seus preços caírem 3,6%.

Os preços dos produtos lácteos obtiveram uma média de 173 pontos em julho, sem mudanças desde junho, depois de cinco meses consecutivos de quedas, calcula a FAO.

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