Projeto de inseminação artificial aumenta produtividade no Rio Doce

Ana Lúcia Gonçalves - Do Hoje em Dia
16/02/2013 às 07:52.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:02
 (Juliana Rangel)

(Juliana Rangel)

GOVERNADOR VALADARES – Produtores rurais do Vale do Rio Doce estão conseguindo diminuir o intervalo entre partos no rebanho e melhorar a produtividade do gado. Os avanços são resultado do projeto Crê$er Genética, desenvolvido pela Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce junto aos associados, mas copiado por outros criadores que começaram a trabalhar para ter vacas parindo na época das águas e da seca e ampliar a lucratividade.

Foram investidos mais de R$ 500 mil no projeto. Os produtores que aderem à Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF) recebem assistência de técnicos – agrônomos, veterinários e educadores cooperativistas – que são responsáveis pela avaliação e seleção dos animais que receberão a inseminação.

Os técnicos também ficam responsáveis pela aplicação dos medicamentos para a sincronização do cio da fêmea (protocolo hormonal) até a inseminação e treinamento da mão de obra existente na propriedade para o manejo anti-estresse do gado inseminado. A higienização é outro foco da equipe.

Na parceria entre cooperados e cooperativa, o protocolo hormonal e sêmen saem por cerca de R$ 45,00 por fêmea inseminada, montante que o produtor pode pagar em três vezes.

Os resultados, segundo o veterinário Pedro Francisco Retossi Júnior, são surpreendentes. Ainda no primeiro ano do Crê$er Genética, lançado em 2011, foram realizadas 3.207 inseminações de tempo fixo, em 259 visitas técnicas, com média de 12,4 inseminações por visita, o que resultou em um índice de gestações de 53% na primeira inseminação artificial e 73% no retorno ao cio. O ano do lançamento foi de muita chuva e fartura de alimento para o gado, o que favoreceu a fertilidade.

Em 2012, o projeto ganhou vida própria com alguns cooperados passando a trabalhar sozinhos e a disseminar a ideia. Mesmo assim, a cooperativa realizou 5.124 inseminações, com porcentagem de prenhes de 63%, considerando o retorno ao cio com cobertura ou inseminação artificial.
 

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