Qualidade de vida lidera razões para troca de emprego

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
28/01/2014 às 07:04.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:37
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

Bons salários e estabilidade no cargo perderam o status de principais atrativos na hora de procurar um novo emprego. A onda agora, segundo a professora da Fundação Dom Cabral (FDC) e consultora organizacional Clara Linhares é qualidade de vida, prioridade para que 50,2% das pessoas queiram trocar de emprego, conforme aponta uma pesquisa da Catho, empresa de reposicionamento profissional.

Hoje, segundo Clara, os profissionais estão preocupados em passar algum tempo com a família ou em não trabalhar aos finais de semana, por exemplo. Por isso, almejam novos desafios, que possam proporcionar a vivência destes “sonhos”. “O profissional quer melhorar de vida em todos os sentidos. Quer, aliás, um sentido para o trabalho”, comenta.

A pesquisa da Catho endossa a afirmação da especialista. De acordo com o levantamento, 36% das pessoas procuram uma empresa que as valorize. “O funcionário quer se sentir útil e desafiado. Quer que a empresa veja valor naquilo que ele exerce”, ressalta Angélica Nogueira, gerente de RH da empresa.

Estagnação

Além disso, ainda conforme a Catho, não ficar estagnado é meta de 66,3% das pessoas que já estão empregadas. Para os desempregados, o índice é ainda maior, de 68,7%. E, para sair do lugar, o ideal é procurar emprego da maneira correta.

Para quem já está empregado, a tarefa é mais simples. “A valorização de quem está empregado é maior. Subentende-se que aquela pessoa vai trocar de emprego porque realmente quer trabalhar em outro lugar. O desempregado, no entanto, não seleciona muito”, diz. Mas, nos dois casos, os passos a serem dados para alcançar o sucesso são os mesmos.

A primeira dica é saber que tipo de emprego o candidato deseja. Neste caso, ele deve definir, para si mesmo, o setor onde quer trabalhar e exatamente que tipo de emprego ele almeja conseguir.

A segunda etapa é avaliar se ele tem condições técnicas e pessoais de assumir aquele posto. Se tiver, ótimo. Se não, é hora de listar o que falta. “Neste ponto, o ideal é investir em qualificação técnica e pessoal. E o candidato deve investir pesado, pois concorrência sempre existe”, afirma.

Depois de qualificado, o candidato deve acionar a rede de contatos. Conforme garante a especialista, conseguir emprego por meio de uma indicação é bem mais fácil do que a partir de sites de reposicionamento, por exemplo. Afinal, a indicação atesta o trabalho do candidato, enquanto os sites de reposicionamento ainda estão na fase de apresentá-lo. “Por isso, o networking é tão importante”, afirma Clara.

Por fim, a especialista afirma que o candidato deve ficar atento ao movimento do mercado.

Enquanto há profissões que vêm caindo por terra, reduzindo os postos de trabalho, como a de caixa de banco, há aquelas que surgem, como o analista de redes sociais ou técnico na área de gás natural. Ficar atento à estas novas ofertas pode fazer com que a vida do profissional mude. E para melhor.
 

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