Queda das principais aplicações garante destaque à poupança

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
07/07/2013 às 07:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:50

Sabe aquela velha história da Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha? Pois ela está atualíssima. Em junho, a captação da caderneta de poupança (depósito menos saques) bateu recorde no país.   O montante contabilizado também foi inédito para um primeiro semestre. Tanta atratividade tem motivos. E um deles está no baixíssimo rendimento das aplicações concorrentes, consideradas menos seguras. Nos primeiros seis meses do ano, apenas dólar e fundos cambiais conseguiram superar a inflação e repor o poder de compra.    Em um cenário de fúria do dragão, pífio crescimento econômico e Selic em 8%, descontados impostos e taxas de administração, a poupança, que não é tributada, no final das contas aparece mais rentável que a maioria das aplicações. Não que o investidor consiga ganhar dinheiro. Mas é uma maneira encontrada para minimizar as perdas.    “Apenas nos casos em que os fundos cobram taxas muito baixas e o dinheiro fica aplicado por mais tempo, a caderneta torna-se menos vantajosa”, diz o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira.    Nos primeiros seis meses do ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE acumulou alta de 3,15%, engolindo a rentabilidade dos investimentos. “Estamos em uma fase de encruzilhada. Está difícil saber para onde correr. Hoje, o dólar está em alta mas ninguém sabe o dia de amanhã. É muito arriscado. Já a Bolsa e o ouro estão despencando.   O ideal, por enquanto, é ficar onde está. E pra quem conseguiu juntar uma quantia agora, aconselho a poupança, pelo menos até as coisas clarearem”, adverte o analista de mercado Paulo Vieira.    Para o próximo dia 10 de julho, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se novamente, a expectativa é de nova subida da Selic, o que deve elevar também os ganhos da caderneta, em razão das mudanças nas regras da poupança. “Mas a rentabilidade só vai aumentar de fato se a inflação recuar”, afirma.    Leia mais na http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/login/93

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