Reajuste para a AGU elevaria gasto do governo em R$ 2 bi ao ano, diz Rosso

Estadão Conteúdo
05/08/2015 às 14:27.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:14

O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), afirmou nesta quarta-feira (5), ter participado de reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na qual foi informado do impacto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva salários na Advocacia-Geral da União e outros órgãos. Segundo o deputado, o ministro estima uma elevação de R$ 2 bilhões ao ano nos gastos dos cofres federais e de pelo menos R$ 15 bilhões dos Estados e municípios. O texto pode ser votado em primeiro turno nesta quarta-feira no plenário.

Na terça-feira, 3, os deputados rejeitaram um requerimento do governo para adiar a votação para o fim do mês. A proposta eleva os salários das carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e das procuradorias dos Estados e municípios, além de delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil. O texto propõe vinculação do subsídio aos salários recebidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O nível mais alto desses cargos poderia equivaler a 90,25% do subsídio mensal dos ministros.

De acordo com Rosso, a tentativa fracassada de adiar a votação foi um erro do governo. "O governo demorou a atuar e se continuar assim, vai perder todas", afirmou. Para o parlamentar, o governo precisa melhorar o acompanhamento legislativo, ao invés de apenas reagir quando é surpreendido.

Em reunião de líderes de partidos com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado propôs que a PEC seja votada com a separação de duas emendas aglutinativas. A primeira trataria dos reajustes para a AGU e delegados federais. A segunda agruparia os procuradores estaduais e municipais, além de delegados da polícia civil. Segundo Rosso, a proposta foi bem recebida pelos líderes.
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