Setor de serviços só poderá reagir com a aceleração da vacinação e o aumento das flexibilizações

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
12/05/2021 às 19:33.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:55
 (Ming Dai / Pixabay )

(Ming Dai / Pixabay )

A queda do setor de serviços em março, registrada pelo IBGE, chegou a 4%, com retração acumulada no ano de 0,8%. O tombo mensal foi o maior desde junho de 2020, quando o setor teve queda de 5,5%. Em relação aos últimos doze meses, o recuo foi de 8%. 

Das grandes atividades do setor, a de serviços prestados às famílias e a de serviços de alojamento e alimentação, que incluem atividades como a de bares e restaurantes e a de hotéis, por exemplo, foram as que registraram a maior distância dos patamares de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), de - 44,7% e -45,9%, respectivamente. 

De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, as quedas foram motivadas pelas medidas restritivas ao avanço da Covid-19. “O setor mostrava um movimento de recuperação, chegou a superar o patamar pré-pandemia, mas as medidas restritivas foram suficientes para fazer o setor recuar”, explicou.

Retomada lenta

Fato é que a situação do setor ainda é bastante delicada, já que a maioria dos serviços precisa de atendimento presencial, algo que permanece prejudicado devido à pandemia. Para Guilherme Almeida, economista-chefe da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), não é possível projetar uma retomada para o setor enquanto o ritmo de vacinação no país não for intensificado. 

“Os serviços precisam necessariamente da presença, do contato, e sem o controle da pandemia é impossível que este setor retome as atividades plenamente. Ainda serão meses difíceis”, sentencia o economista.

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