Encontrar um parceiro com apenas um clique no mouse, sem precisar sair de casa, virou mania entre os brasileiros. E como toda grande onda na internet, se transformou também em fonte de lucro para uma série de empresas eletrônicas que apostam no filão.
No primeiro trimestre deste ano, o Brasil contabilizava 5,8 milhões de usuários cadastrados nos sites de relacionamento. Hoje, já são cerca de 10 milhões. O levantamento é da Central de Sites de Encontros, que orienta internautas em busca de companhia. Ele mostra, ainda, que 68% dos solteiros e divorciados brasileiros já consideram os sites de namoro como uma alternativa na hora da conquista.
O site alemão C-date, com atuação em 35 países, por exemplo, registrava 2,4 mil brasileiros cadastrados em 2010. Neste ano, já são quase 3,4 milhões. O serviço é gratuito para as mulheres, enquanto os homens pagam de R$ 156 a R$ 228 por ano, dependendo do plano escolhido.
Embora a empresa não divulgue o total de usuários pagantes, as perspectivas de crescimento indicam uma boa rentabilidade do negócio. Para o próximo ano, a expectativa é a de expansão de 100% no mundo e de 300% no Brasil.
A receita do sucesso, de acordo com a gerente de marketing do site para o Brasil, Adriana Macedo, é a praticidade. “Com esse serviço do C-date, os usuários não precisam ficar sozinhos porque não conseguem conciliar a busca por um relacionamento com a rotina de trabalho”, afirma.
Cifras em alta
Os números do namoro on-line no Brasil impressionam, também, pelo montante que o negócio movimenta. De acordo com a Central de Sites de Encontros, o volume transacionado nesse segmento em 2010 chegou a R$ 44,7 milhões e, no ano seguinte, a R$ 68 milhões. No ano passado, o crescimento foi de 52%, totalizando R$ 103,3 milhões.
O resultado vem da disposição - também crescente - do usuário em gastar mais com mensalidades. Segundo o diretor de produto do Match.com Latam, empresa detentora do ParPerfeito, um dos maiores sites de relacionamento do país, Gaël Deheneffe, houve uma mudança no perfil dos internautas nos últimos cinco anos. Agora, eles estão mais abertos às opções de assinaturas, que variam entre R$ 19,99 semestrais e R$ 39,99 mensais, apesar de o site também oferecer opções de cadastramento gratuito.
“Temos notado que os usuários perceberam as vantagens da assinatura paga. Ela permite acesso a perfis selecionados, além de garantir que o outro está comprometido, levando a sério a proposta de começar um relacionamento”, diz Deheneffe.
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