Sobrevivência: na crise, empreendedor entende que e-commerce transcende 'venda on-line'

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
01/04/2021 às 21:34.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:35
 (Fernando Michel)

(Fernando Michel)

Em meio à crise, com negócios fechados e insegurança sobre o hoje e o amanhã, muitos micro e pequenos empresários mineiros já entendem que não basta apenas “vender pela internet”, ou por aplicativos como o WhatsApp, para tentar reduzir prejuízos. A cada dia, quem se aventura no e-commerce tem percebido, a duras penas, que o mundo digital exige do domínio de um bocado de ferramentas e uma “ressignificação de modelos de negócios”. Nesse sentido, duas iniciativas foram lançadas no Estado, nos últimos dias, para dar aos empreendedores possibilidade de sucesso no caminho da inovação.

Uma delas veio da parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Sindicato dos Lojistas do Comércio da capital (Sindilojas-BH). Trata-se de um curso de empreendedorismo digital, inicialmente, com oferta de mil vagas. As aulas, em EaD, pretendem capacitar lojistas e auxiliá-los na implantação do seu e-commerce, aumentando as vendas. 

Para o presidente do Sindilojas-BH, Nadim Donato, tal modalidade de negócios não mais somente uma tendência, mas uma realidade. “Há um ano estamos sofrendo com esse abre e fecha das nossas portas, e entendemos que existe uma necessidade muito grande de capacitação para estimular as vendas on-line”, pontuou.

Capacitação

Entrar no meio digital e obter sucesso, mesmo disputando consumidores com grandes marcas e inúmeros concorrentes, pode ser possível para os pequenos. Mas, para que isso ocorra, é necessário que os empresários revisem todos os processos de seus negócios. 

Para a gerente de inovação do Sebrae/MG, Lina Volpini, a inovação requer um olhar não somente para as oportunidades, mas, principalmente, “para dentro da empresa”. 

“A inovação requer muito mais do que apenas se arriscar em um novo meio. É preciso compreender que mudanças significativas terão que ser colocadas na forma como se opera o negócio, como se gere, como se relaciona com os clientes. Quem consegue isso, passa a ser competitivo”, destaca a gerente do Sebrae.

Relacionamento

Um dos maiores desafios dos empresários no e-commerce é compreender os desejos dos clientes e conseguir atender as necessidades de quem procura um serviço ou ponto de venda. Com a instabilidade provocada pelo abre e fecha das atividades comerciais, as mudanças no relacionamento com o consumidor tem sido o ponto chave para alavancar as vendas. 

Este é o trabalho de Érica Diniz, responsável pelo e-commerce da loja D+ Casa e Presentes – especializada em decoração em BH. Trabalhando de casa em razão da pandemia, e com o celular sem desgrudar das mãos, Érica passa o dia conversando com clientes e tentando compreender desejos e necessidades de cada um. 

O objetivo é mais que garantir novas vendas, mas fidelizar os compradores. Para isso, ela usa técnicas fundamentais do marketing de relacionamento. “É preciso gerar uma relação de confiança, atuar como tutor desses clientes. A cada contato, temos um novo desafio”, afirma.

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