Tarifa única de esgoto encarece água para 43% dos clientes da Copasa em Minas

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
26/08/2021 às 19:54.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:46
 (Thatielli Araujo)

(Thatielli Araujo)

Desde 1º de agosto, está em vigor uma nova tarifa de água e esgoto para os consumidores de Minas Gerais atendidos pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A revisão das tarifas veio após determinação da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae-MG), responsável pelas normas e fiscalização dos serviços das concessionárias do setor.

Na prática, a nova tarifa, que unifica duas cobranças diferenciadas, irá representar aumento nas contas de água para dois a cada dez consumidores da grande BH (22%) e quatro a cada dez (43%) do restante do Estado. O “reajuste” pode chegar a até 50% nos valores atuais das faturas. 

Explicação

Segundo a Copasa, a tarifa de água foi revisada e a de esgoto foi unificada, deixando de haver diferença entre a cobrança pela “coleta” e a “coleta e tratamento” feito pela empresa. Com a medida, informa a estatal, 78% das consumidores da Grande BH vão ter redução na conta . No Estado, o percentual de beneficiados é de 57% do total.

Isso vai acontecer pela por conta da unificação da taxa de esgoto. Para quem só tinha tal cobrança, a conta fica mais salgada. A tarifa passa de 25% do valor gasto com a água para 74%. Ou seja, pela regra antiga, um consumidor que tinha fatura de R$100 de água, por exemplo, e pagava mais R$25 de esgoto, totalizando R$125. Agora, com a revisão, para a mesma conta de R$100,00, o consumidor vai pagar mais R$74,00, totalizando R$174,00.

Já os consumidores quem têm o serviço de coleta e tratamento de esgoto terão redução da tarifa – sairá de 100% do valor da água para 74%. Com isso, um consumidor que pagava R$100, mais R$100 de esgoto (ou R$ 200), vai gastar agora outros R$74,00 pela taxa, totalizando R$174,00. 

Preocupação

As mudanças já causam dor de cabeça em alguns consumidores, que viram as contas subirem de um mês para o outro com a aplicação da nova regra tarifária. Gerusa Leila da Cunha, de 33 anos, atendente de uma escola de idiomas em Santa Luzia, Grande BH, diz que a conta de água de casa saiu de R$ 80, em julho, para R$ 204, em agosto. Ela não sabe o que fazer para diminuir o gasto. “A renda familiar lá em casa é de pouco mais de dois salários mínimos e esse aumento pegou a gente de surpresa. Está cada dia mais difícil pagar as contas de casa. Infelizmente, não está sobrando para nada”, lamenta Gerusa.

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