Taxas, contribuições e impostos à mão do internauta

Franciele Xavier - Hoje em Dia
02/06/2013 às 07:46.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:45

Em 2013, o brasileiro trabalhou até o dia 30 de maio para pagar impostos, taxas e contribuições cobrados pelo poder público. Se o cidadão não tem muita noção de quantos tributos incidem sobre, principalmente, os produtos que consome, o aplicativo “Impostômetro de Bolso” pode dar uma mãozinha.

Criada há quase um ano pelo Instituto de Formação de Líderes (IFL), em parceria com o Instituto para Desenvolvimento Econômico, Institucional e Social (Ideias), a ferramenta é gratuita e está disponível para smartphones.A presidente do IFL, Carolina Antunes, explica que a intenção é chamar a atenção da população para a alta carga tributária no Brasil.

Conscientização

“É um mecanismo de conscientização muito útil para a sociedade. Com ele, o usuário sai às compras e volta ciente dos impostos que pagou. Além disso, ele pode ter uma postura mais ativa para cobrar dos legisladores o retorno desse investimento, que não é baixo”, afirma Carolina.

O app tem cerca de dois mil usuários que, pelo menos três vezes por semana, consultam o valor dos impostos ou cadastram novos produtos. Ele está disponível para plataformas IOS e Android.

Depois de fazer o download gratuito, o usuário confere a carga tributária de cada produto tirando uma foto do seu código de barras, com o smartphone, ou digitando seu código, diretamente. Se o produto já estiver cadastrado, seu valor, sem impostos, aparece na tela do aparelho.

Atualmente, são mais de 42 mil produtos cadastrados, reunidos em várias categorias. Já se o consumidor escolher algum item que não esteja no banco de dados do aplicativo, ele mesmo pode cadastrá-lo.

Base

“A base de cálculo de cada produto é calculada de acordo com sua categoria, como item de consumo alimentar, materiais hospitalares e de higiene pessoal, entre vários outras”, explica Carolina. “Só não são mostradas as taxas administrativas que incidem sobre os produtos, como as cobradas por escritórios de contabilidade e advocacia”.

Outra função do “Im-postômetro de Bolso” é mostrar quanto o governo federal já arrecadou com impostos durante o ano vigente. O aplicativo ainda pode ajudar as pessoas a serem mais proativas. Com a consciência de que pagam, em média, cerca de 40% de taxas sobre produtos básicos de consumo, quem sabe não passam a cobrar mais do poder público?

“O estado brasileiro gasta, hoje, mais do que a sociedade como um todo, mas não há retorno dos impostos cobrados para a população. Enquanto isso não se inverter, a situação do Brasil nunca vai mudar”, protesta Carolina. O pior é que ela está certa.

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