Taxas para consumidor atingem maior patamar no ano, diz Anefac

Folhapress
14/11/2013 às 20:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:10

SÃO PAULO - As taxas médias de juros para o consumidor subiram em outubro, pela sexta vez no ano, e atingiram o maior patamar em 2013, de acordo com pesquisa da Anefac (associação de executivos de finanças) divulgada nesta quinta-feira (14).

A taxa de juros média mensal passou de 5,53% em setembro (ou 90,77% ao ano) para 5,56% em outubro (ou 91,42% ao ano), a maior taxa desde novembro do ano passado.

De acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, a alta é reflexo da elevação da taxa básica de juros (Selic) decidida na reunião de outubro do Copom (Comitê de Política Monetária do BC).

Na opinião de Oliveira, a preocupação com as pressões inflacionárias deve fazer com que o Banco Central, no encontro dos dias 26 e 27 de novembro, promova nova alta da Selic. "Por conta disso é provável que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses", afirma.

Das seis linhas de crédito para pessoa física, apenas a do rotativo do cartão de crédito se manteve estável, segundo a Anefac.

O maior avanço percentual se deu no crédito pessoal concedido por bancos, que passou de 3,12% ao mês para 3,16%. Juros no comércio, cheque especial, crédito pessoal obtido em financeiras e financiamento de veículos também registraram aumento.

Taxa de juros para pessoa física ao mês em outubro:

Linha de crédito - Taxa em outubro de 2013, ao mês - Taxa em setembro de 2013, ao mês
Juros no comércio - 4,19% - 4,14%
Cartão de crédito - 9,37% - 9,37%
Cheque especial - 7,89% - 7,83%
CDC, bancos, financiamento de automóveis - 1,65% - 1,64%
Empréstimo pessoal (bancos) - 3,16% - 3,12%
Empréstimo pessoal (financeiras) - 7,09% - 7,07%
Taxa média - 5,56% - 5,53%

Houve aumento também das taxas médias de juros para empresas, que passaram de 3,18% em setembro até 3,21% em outubro.

A maior alta percentual se deu no capital de giro, cujas taxas subiram de 1,56% ao mês para 1,61% ao mês.

Os juros de desconto de duplicatas tiveram alta de 2,26% a 2,30%, e os de conta garantida passaram de 5,71% para 5,73%.

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