Temer diz que, se necessário, governo criará 'salvaguardas' na terceirização

Estadão Conteúdo
04/04/2017 às 18:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:00

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 4, que o projeto que amplia a terceirização do trabalho é "de uma simplicidade extraordinária". Temer voltou a afirmar que, se necessário, o governo criará "salvaguardas" para proteger direitos trabalhistas relacionados à terceirização, mas, por enquanto, não parece haver necessidade.

"Quando me falaram da terceirização, achava que era uma coisa complicadíssima. (Mas) É de uma leveza, de uma simplicidade extraordinária. Aliás, ele não trata exatamente da terceirização. Em primeiro lugar, ele trata do trabalho temporário. Só lá no finzinho é que vai tratar da terceirização", afirmou Temer, em rápida entrevista após pronunciamento à imprensa durante visita à Laad 2017, feira de negócios do setor de defesa, no Rio de Janeiro.

"Se houver necessidade de uma salvaguarda, além daquelas que já estão no texto da lei, nós faremos. Temos a reforma trabalhista pela frente. Pelo que eu pude verificar no exame do projeto, não verifiquei necessidade, mas se houver, nós faremos. O que queremos é modernizar toda a legislação trabalhista de modo a ampliar cada vez mais o emprego", completou o presidente.

Temer começou o pronunciamento à imprensa afirmando que a economia brasileira já está retomando a confiança. Segundo o presidente, a recuperação do emprego virá após um período de ocupação da capacidade ociosa da indústria.

"Evidentemente, que toda vez que se fala nesse tema (da confiança) há uma preocupação em torno do desemprego, mas, embora haja muito desemprego, há uma capacidade ociosa das indústrias. Num primeiro momento, o que há é um aproveitamento da capacidade ociosa e, na sequência, em face da credibilidade e restauração da confiança, há o emprego", disse, mencionando o saldo positivo de 35 mil empregos formais em fevereiro como um "primeiro respiro".

Temer disse ainda que o governo está tomando medidas para entregar um País "mais modernizado" em 2018, com responsabilidade fiscal e reformas como o teto dos gastos, reforma do ensino médio, modernização da legislação trabalhista e da Previdência. "Sobre essa (Previdência), quero dizer que vamos fazer adequações compatíveis com aquilo que o Congresso está pensando", afirmou o presidente.

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