Temporada de contratações de fim de ano começa com queda na demanda em BH

Daniele Franco
dfmoura@hojeemdia.com.br
05/11/2018 às 18:41.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:37
Fecomércio MG analisou os dados do IBGE sobre o desempenho do setor de serviços, compondo a Pesquisa Mensal de Serviços de maio (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

Fecomércio MG analisou os dados do IBGE sobre o desempenho do setor de serviços, compondo a Pesquisa Mensal de Serviços de maio (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

Uma pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), nesta segunda-feira (5), revelou que 81% dos comerciantes de Belo Horizonte não pretendem contratar funcionários temporários para o fim de 2018. Em relação a 2017, a baixa é de 31%, de acordo com o órgão.

“Esse resultado está ligado à lenta recuperação da economia, que não foi suficiente para reduzir significativamente o desemprego no país e aumentar o consumo”, justifica o vice-presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza. 

As razões apresentadas pelos empresários para não contratar novos funcionários foram: quadro atual da empresa atendendo a demanda (65,8%); cenário econômico ruim (12,8%); queda nas vendas (10,7%); empresa familiar (6,8%); redução nos gastos (3,7%); e empresa pequena (0,2%).

Os dados foram coletados em uma pesquisa realizada entre os dias 4 e 24 de outubro de 2018 com empresários de BH e da Região Metropolitana. O levantamento tem índice de confiança de 95% e margem de erro de 4,4%.

Outro lado

Entre os que afirmaram que irão contratar funcionários temporários, 18,7% dos entrevistados, a média aponta para a contratação de três ou quatro novos membros para as equipes, sendo 69,5% para o cargo de vendedor.

O setor que responde pela maior intenção de contratação é o de supermercados e produtos alimentícios, com 36,4% dos que pretendem aumentar a equipe. Em seguida, aparecem os setores de tecidos, vestuário, armarinho e calçados e o de artigos diversos, com 26,6% e 10,3%, respectivamente.

Embora a expectativa de abertura de novos postos de emprego tenha caído, as chances de efetivação dos funcionários temporários são grandes, de acordo com a CDL-BH. Metade dos entrevistados, 50,4%, considera alta ou muito alta a possibilidade de contratação definitiva após o término do contrato temporário.

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