Tombini vê desaceleração gradual do mercado de crédito

Agência Estado
14/04/2015 às 15:42.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:38
 (José Cruz/Arquivo ABr)

(José Cruz/Arquivo ABr)

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, ressaltou nesta terça-feira (14) que há uma desaceleração gradual do mercado de crédito no Brasil. Ele fez esta afirmação durante participação no BBA Macro Vision - International Conference 2015, realizado nesta terça-feira (14) em São Paulo. "Em relação ao mercado de crédito, nos anos mais recentes temos observado uma desaceleração gradual do seu ritmo de expansão para ritmos de crescimentos mais sustentáveis", disse o banqueiro central.

Para ele, o Brasil há pouco mais de dez anos possuía um mercado de crédito muito abaixo da dimensão do País. "O número de brasileiros que acessavam esse mercado era restrito e o volume de crédito estava relativamente estagnado, em torno de 25% do Produto Interno Bruto (PIB), patamar inferior ao observado em várias economias emergentes à época e muito distante da registrada em economias avançadas com mercados mais profundos", disse.

Ainda de acordo com Tombini, "a combinação de vários fatores macro e microeconômicos, dentre eles o aumento do emprego e da renda, e a ampliação da capilaridade do sistema financeiro, inclusive com o fortalecimento do cooperativismo de crédito, favoreceu o processo de inclusão financeira e o desenvolvimento do mercado de crédito nos últimos anos". Com isso, segundo o presidente do BC, o volume de crédito rompeu uma certa estagnação e se expandiu de forma gradual e sustentável até o patamar que se encontra hoje, em torno de 58% do PIB.

"Depois desse processo de expansão estrutural, temos observado gradual moderação do ritmo de crescimento do crédito. Essa tendência deve ser mantida em 2015. Assim como deve ser mantida a tendência de mudança gradual na composição, com redução da participação do crédito ao consumo em favor do crédito imobiliário, que, no Brasil, continua relativamente baixo, inclusive quando comparado a outras economias emergentes", reforçou.

Quanto ao sistema financeiro, Tombini disse que está sólido, bem capitalizado e com índice de inadimplência em patamar historicamente baixo.
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