Transações financeiras: Bitcoin é moeda alternativa para investimento e compras

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
29/05/2014 às 07:33.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:46
 (Ethan Miller/Getty Images/AFP)

(Ethan Miller/Getty Images/AFP)

Em território brasileiro, pouca gente domina o assunto, mas, em outros países, as atenções já estão voltadas para as transações financeiras que utilizam uma das principais moedas virtuais disponíveis no mercado: os Bitcoins. Para os alheios, a dica é buscar informações rapidamente, porque, segundo especialistas, tudo indica que, a partir do ano que vem, esse “dinheiro” estará mais disseminado, regulado e menos volátil, tornando-se uma aposta promissora.

O Bitcoin é uma moeda digital, criada em 2009, que permite a comercialização de bens e serviços pela internet. Não há, no entanto, regulação estatal ou garantias comuns ao sistema financeiro.

De acordo com o CEO da exchange brasileira Bitinvest, Flavio Pripas, 80% das transações com Bitcoins, atualmente, são feitas por investidores que acreditam na valorização deles no futuro. Quanto mais gente utiliza a moeda, mais cara ela vai ficando.

“Acredito que esse seja realmente um bom investimento. O Bitcoin pode revolucionar o mercado financeiro. O custo das transações, hoje ainda muito alto, pode ficar mais baixo e isso é muito bom para as pessoas”, diz Pripas, que aconselha os leigos a utilizar a própria internet para participar de grupos de discussão sobre o assunto.

Utilização

No Brasil, 63 estabelecimentos já aceitam os Bitcoins como forma de pagamento, sendo dois deles em Belo Horizonte. “Acredito que eles vieram para ficar, principalmente, pela questão de não haver necessidade de carregar moedas nem dinheiro em papel”, afirma o professor de Administração de Tecnologias da Informação da Faculdade IBS/FGV Wellington Fernandes Pinto.

Para ingressar nesse mercado, é preciso efetuar um cadastro no site de uma empresa que preste o serviço de troca ou venda de Bitcoins. Com uma conta criada e validada, o usuário recebe um QR Code (código de registro da “carteira digital”), faz uma transferência de sua conta corrente bancária e recebe o valor equivalente em moedas virtuais.

Apesar das facilidades, a utilização de Bitcoins exige uma série de cuidados extras em relação ao dinheiro convencional, como estar atento à cotação, que ainda é salgada (R$ 1.397,25, ontem), e à idoneidade das empresas.

“O primeiro ponto é achar uma empresa confiável no mercado brasileiro. Depois, se a pessoa quiser ter uma carteira digital no próprio computador, ela tem que tomar os mesmos cuidados que toma com uma carteira na rua. Se deixar o computador ligado com a conta aberta, um hacker pode invadir”, diz o CEO da Bitinvest.
 

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