BRASÍLIA - Em reunião com a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, anunciou nesta quarta-feira (18) que a empresa terá investimentos de R$ 9 bilhões nos próximos cinco anos na área de logística. Serão contabilizados nessa quantia 210 locomotivas e 7.500 vagões, "afora a reformulação e modernização de toda a malha" ferroviária, segundo ele, após aporte na VLI, empresa de logística controlada pela Vale.
Segundo Ferreira, a Vale deverá vender aproximadamente 26% de sua participação no capital da VLI para a Brookfield Brasil, de origem canadense. Também entrou em acordo para a transferência de participação de 20% (R$ 1,5 bilhão) do capital da VLI para a Mitsui & Co., além de 15,9% (R$ 1,2 bilhão) para o fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS), sob administração da Caixa Econômica Federal.
A participação da Vale na VLI deverá ser reduzida para menos de 40%. Conforme a mineradora, as empresas envolvidas no negócio deverão fazer um aporte de R$ 2 bilhões na VLI, que servirá para o financiamento de parte do seu plano de investimentos.
"A Vale vai ter uma participação minoritária quando os três acionistas tiverem concluído, mas mais do que isso, no futuro, nós até enxergamos um processo que se denomina IPO, uma oferta pública, para que o publico brasileiro e internacional também possa ser acionista. Nós temos absoluta confiança, e pretendemos fazer esse IPO daqui três anos, que a empresa será um sucesso tão grande que ganhará um valor muito grande com esses acionistas que ingressam hoje na empresa", disse Ferreira.
A VLI atua no tripé armazém-ferrovia-porto, fazendo o transporte para mais de cem clientes, principalmente no segmento de grãos.
"Estamos extremamente motivados. A gente acredita que nos próximos anos todos perceberão uma grande mudança no viés logístico brasileiro. A VLI tem um trecho muito importante que vai se Araguari, Uberada, Ribeirão Preto, até Santos. Ele vai ser totalmente modernizado assim como tudo aquilo que abrange a parte norte, saindo de Anápolis até São Luis, no Maranhão", reiterou Ferreira.