Venda de caminhões em alta impulsiona a produção da Flamma

Bruno Porto - Hoje em Dia
31/01/2014 às 07:15.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:42
 (Flamma/Divulgação)

(Flamma/Divulgação)

Depois de crescer 11% em 2013 sobre o ano anterior, as vendas de caminhões seguem com perspectivas positivas. A cadeia de fornecedores já investe para atender à alta da demanda, oriunda em grande parte de fabricantes estrangeiros que precisam aumentar os índices de nacionalização para enquadrar seus veículos em financiamentos com condições mais atrativas.

Esse movimento atingiu a Flamma Automotiva, antiga Usiminas Automotiva, que foi comprada por R$ 210 milhões pelo grupo Aethra e está sob a nova administração desde dezembro do ano passado.

Com expertise em cabines completas pintadas, a Flamma herdou da Usiminas Automotiva uma carteira de clientes que abrange praticamente todo o mercado nacional.

Para atender um contrato com a holandesa DAF, que se instalou em Ponta Grossa, no Paraná, com uma capacidade de 10 mil caminhões por ano, a Flamma vai instalar em sua unidade de Pouso Alegre, Sul de Minas, duas novas linhas de montagem de cabines de caminhão. Parte do investimento, de R$ 15 milhões, será alocado em dois novos galpões, informou a Flamma. As linhas de montagem, que são investimentos da DAF, não tiveram o valor do aporte divulgado.

Um dos galpões vai abrigar a linha de montagem das cabines fabricadas para o modelo de caminhão pesado XF da DAF. Atualmente em fase de testes, a Flamma aguarda a liberação do licenciamento ambiental para iniciar a produção que, no pico, pode atingir 5 mil cabines anualmente.

O outro galpão receberá a linha para cabines do modelo CF, um semipesado a ser produzido pela DAF em Ponta Grossa. A previsão é que a unidade inicie a operação em julho e tenha capacidade para 2.500 unidades ao ano.

O diretor do Centro de Estudos Automotivos, Luiz Carlos Mello, comenta que, independentemente de programas de renovação de frota e quaisquer outros fomentos aos fabricantes de caminhões, a tendência é de um mercado demandante nos próximos anos. “As vendas vão crescer, há muita demanda e, de certa forma, até dependência de caminhões por exportadores de vários setores. O que também pode aquecer os negócios dos fornecedores é a nacionalização de peças, que assegura financiamentos do BNDES”, diz.

Outro vetor de crescimento da indústria automotiva está na expectativa de aprovação do Plano Nacional de Renovação da Frota de Caminhões, em análise pelo governo Federal, e que tem potencial para aumentar em 20% as vendas de caminhões. A intenção é retirar de circulação 30 mil veículos por ano, nos próximos 10 anos.
 

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