Venda de máquinas para construção civil terá queda de 19%

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
15/11/2012 às 11:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:18
 (Flávio Tavares/Arquivo)

(Flávio Tavares/Arquivo)

As vendas de equipamentos para construção civil serão 19% menores neste ano, na comparação com 2011. A estimativa é da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), responsável pela elaboração do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção. A queda foi puxada pela antecipação da compra dos caminhões rodoviários por parte das empresas.  O adiantamento nas aquisições é reflexo do aumento de aproximadamente 20% no preço das máquinas a partir deste ano devido à adequação dos caminhões à nova legislação, que prevê motores menos poluentes. O novo veículo, Euro 5, utiliza combustível S-50, que possui menos enxofre e, portanto, é menos poluente.   O estudo da Sobratema foi divido em três áreas: linha amarela, que é formada pelas máquinas que têm contato com a terra; linha cinza, que são os demais equipamentos; e caminhões rodoviários.    Compactadores   A expectativa é a de que as vendas da linha amarela fechem o ano com redução de 3% na comparação com o ano passado. As principais quedas no subsetor foram puxadas por rolos compactadores (-30%), motoniveladoras (-27%) e escavadeiras (-8%).   Tratores de esteira e retroescavadeiras devem encerrar o ano em altas de 6% e 5%, respectivamente. Já os caminhões fora de estrada vão deslanchar em 2012, encerrando o ano com alta de 47% no confronto com 2011. “A quantidade vendida não é suficiente para compensar a queda do setor, mas ajuda a balancear o subsegmento de linha amarela”, afirma o vice-presidente da Sobratema, Eurimílson Daniel.   Para a linha cinza, houve alta de 1% na comparação com o ano passado. A linha é composta por Telehandlers (-40%), compressores portáteis (-20%), tratores de pneus (-15%), plataformas aéreas (30%), guindastes (16%) e gruas (1%).    Responsáveis pela queda geral, os caminhões rodoviários devem fechar 2012 com recuo de 35% contra 2011. No ano, a previsão é a de que sejam vendidas 27.430 unidades, contra 42.200 em 2011. “Os caminhões que entram na pesquisa dizem respeito apenas àqueles destinados à construção civil. Fazemos a busca pelo IPVA do veículo”, explica Daniel.    Na prática    Uma licitação do governo federal vai manter os negócios da JCB do Brasil acima do registrado no ano passado. A empresa venceu um leilão para fornecer 1.260 retroescavadeiras para obras públicas.   Segundo o diretor comercial da empresa, Nei Hamilton Martins, sem a licitação, o faturamento seria semelhante ao registrado em 2011. “Sabemos que o mercado teve uma queda”, diz. Embora a JCB do Brasil esteja sediada em Sorocaba (SP), Minas Gerais é o segundo mercado de atuação da empresa.   A Tractorbel, por sua vez, aposta na entrada em São Paulo e Rio de Janeiro para compensar o recuo do mercado. Com as novas praças, a previsão é a de que o faturamento neste ano seja 30% maior na comparação com o ano passado. 

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