Villa Café planeja cair no gosto do mercado chinês e produzir 10 toneladas/dia

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
31/05/2015 às 08:31.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:17
 (WESLEY RODRIGUES/Hoje em Dia)

(WESLEY RODRIGUES/Hoje em Dia)

As fazendas Santa Helena e Dom Bosco, em Carmo da Cachoeira, Sul de Minas, pertencem aos Duarte há quase 200 anos. Mas foi em 2007 que a família decidiu abrir o Villa Café, indústria mineira de café gourmet que ganhou o mundo. Hoje, o produto está presente nos Estados Unidos, maior mercado consumidor do planeta, e até na China, além do Brasil. E os planos incluem alcançar a marca de 10 toneladas produzidas por dia até dezembro deste ano.    Segundo o diretor do Villa Café, Rafael Duarte, a ideia ao abrir a empresa era inverter a lógica da exportação. “O Brasil era um mero fornecedor de matéria-prima. Os melhores grãos daqui iam para fora do país. Mas sempre acreditamos que o brasileiro tinha o direito de experimentar o café de primeira qualidade. Foi então que demos vida à ideia de montar o negócio”, diz Rafael, um dos integrantes da quinta geração da família.   Com 35 funcionários no país e no exterior, sem contar os trabalhadores do campo, a marca sonha estar entre as três maiores de cafés especiais no Brasil até 2020. Hoje, as exportações já representam 25% das vendas do Villa Café. E o faturamento só cresce. “No primeiro trimestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado, já faturamos o dobro”, comemora.   Esperança chinesa   Quanto ao cafezinho brasileiro cair no gosto do chinês, Duarte afirma que é um trabalho que renderá frutos, embora exija boa dose de persistência. “É um esforço a longo prazo. Alguns chineses veem o café torrado e mastigam achando que é chocolate. Estamos em processo de formação de mercado”, diz.    Com um ano de vida, a indústria de cápsula de café ajuda a engordar os lucros tanto no mercado doméstico quanto no exterior. São oito tipos de cápsulas e mais três sabores – café com leite, cappuccino de chocolate e blend de café (composição de grãos diferentes) devem sair do forno até o final deste ano. Para 2016, outros 20 sabores farão parte do cardápio.    “O diferencial do produto está na qualidade e na procedência”, propaga o administrador de empresas. O Villa Café vende máquinas a partir de R$ 690 ou oferece o equipamento em comodato.    Outra forma de crescer é via franquias. Segundo Duarte, já são quatro – em BH, Porto Alegre, Sul de Minas e Blumenau.    “São franquias itinerantes, um modelo que está em crescimento no país. Não é preciso ter um ponto físico. O franqueado compra o direito de comercializar a marca com exclusividade em determinada praça”, detalha. O investimento inicial é em torno de R$ 30 mil.

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