Em 25 anos, nem tudo mudou: setor se qualificou, mas mortes no trânsito não caíram

"> Homero Gottardello - Do Hoje em Dia
22/02/2013 às 20:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:16
Balanço do governo mostra que 65% dos recursos já foram usados (Divulgação)

Balanço do governo mostra que 65% dos recursos já foram usados (Divulgação)

Há exatos 25 anos, a grande luta das autoridades de trânsito brasileiras foi convencer motoristas e passageiros da importância do cinto de segurança. Na época, a resistência ao uso do equipamento de segurança foi grande e houve até quem entrasse na Justiça para tentar reverter sua obrigatoriedade – inicialmente, só nas estradas. No mesmo ano, 1989, a Volkswagen lançou o primeiro automóvel nacional equipado com injeção eletrônica, o Gol GTI.

Um ano depois, em 1990, desembarcava no Brasil o primeiro modelo importado depois da abertura, um Mercedes-Benz 300E. O Uno Mille, da Fiat, primeiro popular, se contrapunha ao sofisticado sedã alemão.

Em 1991, o Santana teve a primazia do sistema ABS de freios, entre os veículos fabricados no Brasil, mas o airbag só se tornaria item de série, em um modelo nacional, cinco anos depois, com o Tipo. Nesse hiato, o Chevrolet Opala foi descontinuado, em 92, mas o Fusca foi “ressuscitado”, em 93.

Violência

O novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), promulgado em 1998, prometia reduzir as estatísticas de violência nas ruas e estradas, mas a verdade é que, até hoje, alguns artigos não foram regulamentados. Da mesma forma que o CTB, o Classe A prometia qualificar nosso mercado, com a produção nacional de um Mercedes-Benz, mas o monovolume nunca decolou e a fábrica juiz-forana, atualmente, produz pesados.

Lá fora, incentivos para segurança; aqui, rotina de testes nas nossas avaliações

Nas duas últimas décadas, a indústria automotiva nacional vem sendo beneficiada por incentivos fiscais que vão desde a criação de categoria específicas até descontos sazonais para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Já na Europa, os incentivos são para a adoção obrigatória de itens de segurança, como as bolsas infláveis, o sistema ABS de freios e, recentemente, o controle eletrônicos de estabilidade (ESP). Lá, como nos Estados Unidos, os modelos híbridos e elétricos já se tornaram realidade.

Nos últimos nove anos, o jornal Hoje em Dia introduziu uma rotina de testes única, em Minas Gerais, e comparada apenas às das grandes revistas nacionais. Utilizando o acelerômetro TechPro SS, da Tesla, em nossos testes, aferimos desempenho (aceleração de 0 a 100 km/h e de 0 a 400 metros, incluindo a velocidade máxima de conclusão do quarto-de-milha) e consumo de todos os modelos avaliados em condições locais.

Desde que essa metodologia foi adotada, mais de 450 automóveis de praticamente todas as categorias, de híbridos a sedãs executivos, de populares a superesportivos, foram levados à pista por nossa reportagem.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por