Em Brasília, turistas aproveitam o dia para conhecer um pouco mais da obra de Niemeyer

Yara Aquino e Thaís Leitão - Agência Brasil
06/12/2012 às 14:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:08
 (Pedro ladeira/AFP)

(Pedro ladeira/AFP)

Brasília – No dia seguinte à morte de Oscar Niemeyer, turistas aproveitaram a manhã para conhecer um pouco mais da obra do homem que planejou a capital federal. Brasília concentra o maior número de obras do arquiteto como a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, os palácios da Alvorada e do Planalto e o prédio do Supremo Tribunal Federal.

A empresária de São Miguel do Oeste (SC) Sandra de Lima, 38 anos, veio a Brasília para participar de um encontro de negócios, mas disse que não tinha como deixar de visitar as obras de Niemeyer pela cidade e contemplar um pouco do legado deixado por ele.

“É muito emocionante estar em Brasília exatamente no dia depois em que Niemeyer nos deixou. Ele é motivo de orgulho para todo brasileiro. O Brasil inteiro está de luto e nós também”, disse, durante visita ao Memorial JK, museu projetado por Niemeyer e dedicado ao ex-presidente brasileiro Juscelino Kubitschek.

Em Brasília pela primeira vez, a professora Aparecida Maldonado, 70 anos, chegou à cidade ontem (5) e disse que a visita acabou se tornando uma oportunidade de conhecer parte do legado arquiteto. Natural de Apucarana (PR), Aparecida estava acompanhada da família quando visitou a Catedral e conheceu os palácios do Planalto, sede do poder Executivo, e da Alvorada, residência oficial da presidência da República.

“Sou fã, admiro muito o Oscar Niemeyer e justo no dia que chegamos a Brasília ele faleceu. O mundo perdeu um grande homem que tem obras em vários países. Um homem como esse jamais será substituído”, disse diante do Palácio da Alvorada.

Com a mesma formação de Niemeyer, o arquiteto Rodrigo Xavier, 26 anos, foi até a Catedral, sua obra predileta, para lembrar o arquiteto. “Ele deixou ensinamentos não só para nós, arquitetos, mas para todos. Sempre se importou com o lado social, era genial também com as palavras e será inesquecível em nossa arquitetura”, disse.

A professora Dulce Mattoso, 60 anos, foi ao Memorial JK nesta manhã. Moradora de João Pessoa (PB), ela acredita que a obra de Niemeyer é “grandiosa” porque foi usada em prol do desenvolvimento do país. “Ele usou toda sua inteligência e sabedoria em benefício do nosso povo e isso faz dele, além de um artista incrível, um homem fantástico”, disse, emocionada.

Dulce lembrou que, em sua cidade, uma obra de Niemeyer é motivo de muito orgulho para a população local. Trata-se da Estação Cabo Branco Ciência, Cultura e Arte, localizada sobre a falésia da ponta do Cabo Branco, que marca o ponto mais oriental das Américas.

A Torre de TV Digital de Brasília, último projeto de Niemeyer executado na cidade, foi o ponto de partida da secretária Ana Paula Nasser, 37 anos, de Lajes (SC). Em seguida, ela visitou a Catedral e disse que o que mais chamou sua atenção foi a visão de futuro nas obras do arquiteto. “Pelo que vi até agora, ficou marcada a questão da inovação e a visão de futuro que ele teve ao pensar em cada um dos monumentos”, disse Ana Paula.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por