Em dia decisivo para projeto 'Escola Sem Partido', público é impedido de acompanhar sessão na Câmara

Lucas Eduardo Soares
14/10/2019 às 15:38.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:12
 (Lucas Eduardo Soares)

(Lucas Eduardo Soares)

O clima na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) nesta segunda-feira (14), dia em que deve ser votado o Projeto de Lei 274/17 – Escola sem Partido –, é de tensão. Enquanto guardas municipais impedem a entrada do público na galeria, manifestantes gritam palavras de ordem. A obstrução da pauta por parte da oposição já ocorre há semanas e tem travado outras pautas, conforme o Hoje em Dia mostrou.

Manifestantes contra o Projeto de Lei Escola Sem Partido gritam palavras de ordem na porta da Câmara Municipal de BH, na tarde desta segunda-feira (14). @sousoares_ pic.twitter.com/8XqaOkSzOU— Jornal Hoje em Dia (@jornalhojeemdia) October 14, 2019

impedimento do acesso às galerias foi solicitado pelo superintendente de Segurança e Inteligência da Casa, coronel Euler Pereira Queiroz. Em documento encaminhado à presidente da Casa Nely Aquino, ele lembra os eventos recentes, como o ocorrido em 9 de outubro, quando o espaço precisou ser esvaziado por ordem da vereadora. Segundo o coronel, houve danos ao patrimônio público, com quebra de várias cadeiras daquele local.

“Assim, após a criteriosa análise de todos os fatores de risco envolvidos em relação à segurança de todos os presentes, funcionários e manifestantes, bem como os riscos ao patrimônio público, este superintendente resolve assessorar a presidência da Casa, no sentido de que a reunião desta segunda-feira, e as demais, que porventura ocorrerem para votação do projeto Escola Sem Partido, aconteçam sem a presença de público, estando inclusive o Hall da Presidência fechado para a presença de público externo”, diz o comunicado. 
 
Revolta

Na portaria da Casa, dezenas de estudantes e professores se manifestam contra o projeto e o impedimento de participar da sessão. Uma delas é Kessia Teixeira, de 21. Para ela, o fechamento da CMBH é uma maneira de afastar “quem de fato deveria acompanhar a discussão”. “É um processo arbitrário”, disse.

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