Em protesto contra a alta carga tributária, quase mil lojas aderem ao 'dia sem impostos'

Da Redação
10/05/2019 às 21:10.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:36
 (WESLEY RODRIGUES)

(WESLEY RODRIGUES)

Para protestar contra a alta carga tributária, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) realiza, no dia 30 deste mês, o Dia Livre de Impostos (DLI). Na data, aproximadamente mil empresas de variados segmentos vão comercializar produtos e serviços com descontos referentes aos valores dos tributos incidentes. 

A última edição do Dia Livre de Impostos contou com 820 lojas participantes e 3.800 itens diferentes à venda, só em BH. Além da expectativa de aumento de 20% de adesão em relação a 2018, também são esperados mais clientes. O preço da gasolina mais baixo, por exemplo, tradicionalmente leva dezenas de motoristas ao posto participante do evento. É comum pessoas dormirem na fila. 

A ação, que já é realizada na capital há 13 anos, em 2019 irá acontecer simultaneamente em outras 299 cidades brasileiras. “Além de protestar, a data também cobra um retorno efetivo dos impostos em benefícios para a sociedade, como saúde e educação”, diz o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), em um ranking de 30 países, o Brasil é o 14º que mais arrecada imposto e o último que melhor retorna o dinheiro para a população. 

“A carga tributária brasileira está entre as mais elevadas do mundo, que corresponde a uma média de 42% do rendimento bruto de cada cidadão. Isto é, uma pessoa que recebe um salário mínimo perde pouco mais que R$ 415 do pagamento sem receber quase nada em troca. O brasileiro trabalha em média 153 dias por ano, o que corresponde a cinco meses, só para pagar encargos”, ressalta.

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