Em reestruturação, Cemig corta cargos de chefia e espera economia de até R$ 1,2 bilhão

Tatiana Moraes
13/08/2019 às 20:22.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:59
 (WILLIAN DIAS/ALMG)

(WILLIAN DIAS/ALMG)

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) eliminou 44 dos 182 cargos de liderança da estatal na chamada “maior reestrutura-ção organizacional da história” da empresa. Os empregados serão realocados na concessionária. Parte deles, remanejados para postos mais baixos, perderão adicional de chefia. Aliada a outras medidas, a ação vai ajudar a economizar R$ 1,2 bilhão até 2023. O dinheiro será realocado na Cemig Distribuição, braço da companhia. 

O próximo passo, segundo nota enviada pela energética, é elaborar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os empregados que mudaram de cargo, conforme nota enviada pela empresa. Colocar a casa em ordem ajuda a atrair investidores caso a companhia seja mesmo privatizada, conforme pretende o governador de Minas, Romeu Zema (Novo).

“Essa operação faz parte do planejamento de reestruturação da empresa, com foco na maior eficiência, melhores resultados e sustentabilidade. Queremos que a Cemig seja reconhecida, em pouco tempo, como a empresa que atende com maior qualidade e mais eficiência as demandas dos seus clientes”, afirma o presidente da empresa, Cledorvino Belini.

Com as mudanças, a ideia é consolidar o planejamento estratégico da Cemig, com foco no know how da companhia: geração, distribuição e transmissão. “O presidente consolida o planejamento mais adequado para a estrutura da empresa, dentro de uma visão de orientar a organização para os negócios principais, como vinha buscando desde o início de seu mandato. Além disso, a extinção dos níveis hierárquicos em diversos processos permitirá a redução das distâncias entre a formulação e a operacionali-zação das estratégias definidas, permitindo mais agilidade, dinamismo e eficiência à corporação”, informou a empresa, por meio de nota.

Ainda segundo a companhia, a reestruturação organizacional é resultado de um estudo desenvolvido internamente, com apoio de uma consultoria organizacional multinacional. 

A meta é aumentar a eficiência da gestão da Cemig, “proporcionando maior fluidez no seu processo decisório e intera-ção entre as diversas áreas e processos. Não houve alteração no atendimento ao cliente externo, que está sendo considerado como prioridade máxima pela companhia”, diz o texto.

Outras ações

Em abril, a companhia reduziu o quadro de diretores de 11 para sete. Também houve cortes no número de assessores. Ainda no começo do ano, 602 empregados aderiram a um PDV.  Em contrapartida, foram contratados 111 eletricistas, técnicos e engenheiros aprovados em concurso para aprimorar os serviços das áreas operacionais. Outra mudança foi a concentração das áreas de suporte sob o guarda-chuvas da presidência, permitindo mais redução de custos.

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