Emira chega com recheio para projetar a fase da Lotus

Marcelo Jabulas
@mjabulas
13/07/2021 às 10:32.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:24
 (Lotus/Divulgação)

(Lotus/Divulgação)

Colin Chapman era um gênio. Foi pioneiro nas pistas e levou seus conceitos de enganharia para seus carros de passeio. Na Lotus leveza vale mais que potência. Mas para se conseguir baixo peso é preciso abrir mão de conteúdos.

Depois 25 anos, o roadster Elise e o cupê Exige deixam a cena, junto com o Evora, para a chegada do Emira. Segundo a Lotus, o carro representa o novo caminho que a fabricante britânica irá tomar daqui em diante.

Quem teve a oportunidade de guiar ou ver de perto um Elise sabe que ele é um carro espartano. Algumas versões em contavam com maçanetas internas. Até o acabamento era homeopático, com o garfo do trambulador à mostra. Tudo para fazer dele um carro extremamente leve e ágil.

O Emira, por sua vez, se apresenta como um esportivo acolhedor, com acabamento sofisticado, boa lista de conteúdos e mais conforto para seus dois ocupantes. Com 4,41 m de comprimento, o cupê é um gigante diante dos 3,8 m do Elise, mas praticamente com as mesmas dimensões do Evora.

Seu visual é arrojado, mas segue a linha de estilo dos antecessores, com frente afilada, cabine compacta, motor traseiro e coletores de ar nos para-lamas. 

Interior

Por dentro, oferece tudo que um automóvel contemporâneo entrega. Itens triviais como multimídia, volante multifuncional, freio de estacionamento eletrônico, quadro de instrumentos digital, ar-condicionado, revestimento em couro nos painéis, bancos com ajustes elétricos, maçanetas de alumínio e tudo mais que era ficção num Elise ou Exige. Recheio que elevou seu peso para 1,4 tonelada. Uma pluma para um esportivo de alto desempenho.

Ele ainda recebeu controle de cruzeiro adaptativo, partida sem chave, sensores de chuva e crepuscular, alerta de colisão, monitor de faixa, alerta de fadiga, leitor de sinalização, alerta de tráfego cruzado, dentre outros modernismos.

“O Emira é um divisor de águas para a Lotus. Ele é um farol de tudo o que conquistamos até agora na transformação do negócio, a personificação de nosso progresso. Um marco significativo em nosso caminho para nos tornarmos uma marca de carros de desempenho verdadeiramente global”, afirma o diretor administrativo da Lotus Cars, Matt Windle.

De fato, o Windle sabe que não dá para ser competitivo (e lucrativo) com um carro “pelado” e apertado, com tiragens ínfimas. Por mais fascinante e lascivo que eram a dupla Elise e Exige.

Sob o capô

O Emira mantém o motor traseiro, como todo Lotus que se preze. Num primeiro momento ele será oferecido com o conhecido V6 Toyota com compressor mecânico. Além do motor japonês, o Lotus também receberá uma unidade 2.0 turbo fornecido pela AMG. A divisão de alta performance da Mercedes. Na marca alemã, a unidade oferece potências entre 306 e 421 cv. Para o Emira, não será o mais fraco, com toda certeza.

A Lotus não deixa claro a potência de cada unidade, mas afirma que serão de 360 e 400 cv. O problema é que tanto o Mercedes, quanto o Toyota, podem entregar tais volumes.

O que é certo é que o torque foi ajustado para 43 kgfm, independentemente do motor. Tudo isso garante ao inglês aceleração de 0 a 100 km/h em 4.5 segundos e máxima de 290 km/h. O Emira pode receber transmissões manual ou de dupla embreagem. 

No Reino Unido, o Emira partirá de 60 mil libras esterlinas (R$ 430 mil). Será que agora, a Lotus chega oficialmente por aqui? 

Vamos aguardar.

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