Empreendedorismo pelas redes: Larissa Jordão já colhe frutos com clínica de estética

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
15/07/2016 às 20:32.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:19
 (Divulgação)

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Ela tem 22 anos e a paixão por estética surgiu quando ainda estava no ensino médio. Vinda de uma família de engenheiros, Larissa Jordão contrariou a regra e, em um curso profissionalizante oferecido por uma professora do colégio, definiu logo qual seria a profissão a seguir: esteticista. A jovem empresária tem uma clínica de estética na Savassi, com o nome dela, há dois anos e meio, e a crise que assola o país parece passar bem longe do negócio.

De acordo com o Sebrae, de 2010 a 2015 o número de novos registros no setor de salões de beleza e clínicas de estética aumentou 567%, totalizando 482.455 empreendimentos. “Quando eu terminei o segundo grau eu já logo quis fazer um curso superior em estética. Meu pai queria que eu fizesse medicina com especialização em dermatologia, mas eu recusei definitivamente”, conta Larissa.

E a persistência da empresária deu bons frutos rapidamente. “Logo quando me formei, surgiu a oportunidade de comprar uma clínica de estética que estava falida e bem acabada. Eu não tinha dinheiro para o negócio, mas pedi ao proprietário para me dar 30 dias para pagar a primeira parcela. Consegui pagar todas as parcelas e estou aqui até hoje”, relata orgulhosa.

Investimento
Para atrair mais clientes, Larissa utiliza diversas táticas e canais. Redes sociais, vendas em programas de compras coletivas e promoções nos pacotes proporcionaram um aumento de cinco vezes no número de clientes em apenas dois anos, segundo ela.

“Quando eu comecei o negócio tínhamos uma pasta pequena com os nomes dos clientes. Hoje, são cinco pastas sanfonadas imensas e já preciso abrir a sexta. Não tenho números precisos, mas posso falar que até 30% dos meus clientes vieram de programas de compras coletivas”, relata.

Buscando trazer sempre inovação e novidades, Larissa conta que faz pelo menos três cursos de estética diferentes por ano.
“No início, eu não quis investir nenhum valor do que eu ganhava em mim. Era tudo para a clínica. Tinha dois equipamentos. Hoje tenho 13, e quase já estou sem espaço para atender a todos os meus clientes”, diz.

E quem acredita ainda que o mercado da beleza só movimenta o público feminino, se engana. “Tenho muitos clientes homens, que vêm para fazer laser na barba, massagem. Às vezes, chega o casal, cada um fazendo um procedimento estético diferente”, finaliza e empresária.
 

Setor de franquias apresenta crescimento de 7,6% nos três primeiros meses do ano

O segmento de microfranquias já representa 5% do mercado brasileiro e vem apresentando um crescimento acelerado nos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias registrou crescimento nominal de 7,6% na receita no primeiro trimestre de 2016, na comparação com igual período do ano anterior.

Dentro dessa perspectiva, e na contramão da crise, Larissa Jordão pensa em expandir os negócios e já quer abrir uma segunda clínica até o fim do ano. “Percebi que muitas das minhas clientes eram sedentárias. Então, trouxe da Europa o método MX 28, que consiste em 28 minutos de exercícios funcionais”, descreve.

Além da segunda sede, o seu planejamento inclui criação de uma rede de franquias próprias, com a utilização de seus métodos estéticos. “Quero franquias minhas, uma em cada cidade do Brasil, que utilizem as técnicas que adaptei e considero mais eficientes no meio estético”, explica a jovem.

Uma das novidades que está atraindo muitos clientes é o método 5 estrelas. A proposta inclui cinco diferentes procedimentos estéticos, que, em conjunto, apresentam resultados em até 48 horas na redução de medidas.

“Para esse mês já estou com uma agenda lotada. Aprendi em um curso na Europa o básico. São cinco procedimentos que eu aperfeiçoei para garantir melhor resultado possível. Como no Brasil ainda não existe especialização em estética, tento buscar fora essas novidades”, conta Larissa, que ainda tem mais uma meta na carreira.

“Quero poder ministrar aulas em universidades sobre estética. Passar o conhecimento que sei. Como não tive professores que eram da área, acho importantíssimo isso para a profissão”, conclui.

 

  

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