Energia limpa na indústria: setor aposta na geração fotovoltaica para a redução de custos em até 26%

Da Redação
11/10/2019 às 20:59.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:11
 (Alsol Energia/Divulgação)

(Alsol Energia/Divulgação)

As vantagens do uso da energia solar, por meio do sistema de geração distribuída, atraem cada vez mais interessados em Minas Gerais. Poucos dias depois de a Cemig anunciar a criação da subsidiária SIM – Soluções Inteligentes em Energia, especializada em gestão de energia fotovoltaica, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aderiu a um programa para levar a seus filiados energia limpa, renovável e mais barata. Dependendo do setor, a economia pode chegar a 26%.

Atualmente, Minas Gerais lidera o ranking nacional de geração distribuída, sendo que somente a região Norte do Estado é responsável por 23% da energia fotovoltaica produzida no Brasil.

A Fiemg firmou parceria com a Alsol Energias Renováveis, empresa do Grupo Energisa, que permitirá que empresários economizem sem fazer investimentos em infraestrutura. O produto foi desenvolvido especialmente para a entidade, visando oferecer alternativas para clientes de baixa ou de média tensão. Para isso, três grandes fazendas solares deverão ser concluídas até o fim do ano, com investimentos de R$ 300 milhões.

“Esta solução garante às empresas uma economia que pode chegar a 26%, dependendo do ramo de atividade, do perfil de consumo e do plano contratado. Todos os empresários associados à Fiemg podem contratar o serviço, sejam clientes da Energisa ou da Cemig”, afirma o presidente da Alsol, Geraldo César Mota. Ele ressalta ainda que o benefício pode tornar as empresas mineiras mais competitivas.

Mota destaca que a capacidade da Alsol está em expansão, o que garante segurança ao fornecimento. “Estamos concluindo as obras de mais três fazendas solares no Estado, que serão conectadas à rede de energia até dezembro. Vale ressaltar que Minas Gerais é um dos Estados com maior potencial de geração solar fotovoltaica no país, com alta incidência de radiação solar”, diz. 

Como funciona
Com este modelo de negócios, empresas não precisam investir em placas solares ou dispor de espaços adequados à captação de luz do sol: elas podem participar de consórcios para alugar uma cota de uma usina solar, dimensionada de acordo com o histórico de consumo do cliente.

Utilizando o Sistema de Compensação de Energia, a energia injetada na rede pela fazenda solar será descontada do consumo na fatura de energia do cliente, a partir da conversão em créditos de energia, que poderão ser utilizados por 60 meses.

 Empresa ‘sócia’ da Cemig investe em 
clientes de pequeno, médio e grande portes

No lançamento da Cemig SIM – Soluções Inteligentes em Energia, na semana passada, foi anunciada a instalação de 32 usinas solares no Estado, a maioria no Norte de Minas, até 2020. Os investimentos chegarão a R$ 600 milhões, sendo metade bancada pela Cemig e o restante pela parceira comercial na empreitada, a Mori Energia.

A expectativa é que empresas clientes da Cemig tenham até 25% de descontos nas tarifas. Estabelecimentos com consumo entre 500 KW/h e 5.000 (KW/h) podem aderir a um dos três planos oferecidos. Isso significa que serão beneficiados quem tem contas de luz entre R$ 500 e R$ 40 mil. A partir do ano que vem, a Cemig SIM pretende levar o serviço aos consumidores residenciais.

Comércio e serviços
No mês passado, a Mori firmou parceria também com a Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas) para adesão ao modelo de geração compartilhada de energia. A modalidade é voltada para empresas de pequeno e médio portes, como padarias, restaurantes e outros comércios do tipo, que podem contribuir com uma cota de geração de energia solar a ser injetada no fio da Cemig mensalmente.

Quem aderir, segundo informações da estatal, poderá ter descontos nas tarifas de energia, que vão variar de 13% a 22%. Em um levantamento inicial, a ACMinas listou pelo menos 200 empresas interessadas na proposta, que não exige investimentos dos empresários em infraestrutura.

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