Escócia decide, nesta quinta, o futuro do Reino Unido em referendo sobre independência

AFP
18/09/2014 às 08:10.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:15
 (Andy Buchanan)

(Andy Buchanan)

A Escócia comparece às urnas nesta quinta-feira (18) para o referendo de independência que decidirá o futuro do Reino Unido após 300 anos de existência.

Os locais de votação abriram as portas às 6h (às 3h, no horário de Brasília) e os eleitores terão a possibilidade de depositar os votos até 21h (18h de Brasília).

Os defensores da independência e os partidários da permanência da Escócia no Reino Unido tentavam influenciar até o último momento os eleitores.
Quase 4,3 milhões de residentes na Escócia devem responder "sim" ou "não" à pergunta "Você acredita que a Escócia deveria ser um Estado independente?".

O tema monopoliza a imprensa britânica e os jornais escoceses têm manchetes como "O dia do destino" (The Scotsman) e "Escolha bem, Escócia" (Daily Record).

Uma das celebridades que havia permanecido em silêncio sobre o tema, o tenista Andy Murray, parece ter feito sua escolha. "Grande dia para a Escócia hoje! A negatividade da campanha do 'não' nos últimos dias mudou totalmente minha visão, ansioso para ver o resultado. Vamos fazer!", escreveu em seu perfil na rede social twitter.

A mensagem de Murray foi compartilhada mais de 12.000 vezes. Apesar do apoio, o tenista, de 27 anos, não pode votar no referendo por não morar na Escócia.

"É o dia mais importante da democracia escocesa, um dia que a Escócia não esquecerá", disse o líder independentista e chefe de Governo, Alex Salmond, no ato que encerrou a campanha na quarta-feira (18) à noite.

Os resultados totais e definitivos serão conhecidos a partir de 5h (2h de Brasília) de sexta-feira (19). O referendo não terá pesquisas de boca de urna, mas se a margem de diferença for grande, o resultado pode ser conhecido antes.

A última pesquisa, divulgada a 24 horas da votação, apontava uma vantagem de 5% do 'não'. De acordo com a sondagem do instituto Panelbase, que entrevistou mil pessoas, o 'não' à independência tinha 50%, o "sim" 45% e outros 5% estavam indecisos.

Mulheres e idosos parecem ser as pessoas com mais dúvidas sobre a independência, enquanto os homens da faixa dos 30 aos 60 anos são os mais favoráveis. Os jovens são considerados os mais voláteis. Pela primeira vez pessoas a partir de 16 anos podem votar no país.

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