Escolha de nomes para disputa do Senado é 'bala de prata' na formação dos palanques em Minas

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
01/10/2021 às 21:12.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:59
 (Leonardo Sá/ Agência Brasil)

(Leonardo Sá/ Agência Brasil)

A definição dos nomes mineiros para a disputa da única vaga para o Senado Federal nas eleições de 2022 é considerada uma espécie de “bala de prata”, devido à posição estratégica entre as siglas na formação de alianças e composições dos palanques eleitorais para 2022. 

Estado estratégico na disputa eleitoral nacional, Minas Gerais é vista como peça chave na definição das campanhas tanto do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como para outros postulantes, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), João Dória (PSDB) e Rodrigo Pacheco (DEM). Nesse cenário, a vaga de senador entra como um trunfo.

No ano que vem, estará em jogo a cadeira ocupada hoje pelo ex-governador Antonio Anastasia (PSD), eleito em 2014. Figura importante no cenário político mineiro, ele acredita que ainda é cedo para se posicionar se tentará ou não a reeleição. “Ainda estou focado em cumprir meu mandato. Muita coisa ainda vai acontecer até as eleições e, antes de abril, não é possível tomar qualquer decisão”, admite Anastasia.

Esquerda

Pelo campo à esquerda, os dois nomes que mais vem despontando como possíveis candidatos à vaga na Câmara Alta são o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) e a vereadora de BH, Duda Salabert (PDT). Nome forte entre os petistas, Lopes argumenta que qualquer decisão nesse sentido levará em conta a formação de um palanque forte para o ex-presidente Lula em Minas. “Meu nome está à disposição do partido, mas sabemos que, acima de qualquer projeto pessoal, está a necessidade de reconduzirmos o presidente Lula ao Planalto”, diz o petista.

Já Duda Salabert (PDT) – nome predileto do presidenciável Ciro Gomes à vaga no Senado – vê como natural voltar a ser novamente candidata ao Senado – em 2018, ela disputou a vaga como filiada ao PSOL. “Não creio que há favoritos ao Senado. A disputa está aberta e tenho certeza do desejo de renovação que existe entre os mineiros”, declara a vereadora.

Apoio de Zema

Outro nome cogitado para a disputa do Senado é o do atual presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda (MDB), que trabalha com a perspectiva de contar com o apoio do governador Romeu Zema. “Ter o apoio do governador é muito importante, mas é necessário ainda toda uma construção para selar uma candidatura”, garante o presidente da AMM.

Já o deputado federal Marcelo Aro (PP), também cogitado como um possível candidato ao Senado, disse acreditar que o apoio de Zema seria até mais decisivo do que os de Lula e Bolsonaro. “Os candidatos de Lula e Bolsonaro ao Senado em Minas serão bem votados, mas eu acredito que o candidato ao Senado do governador Zema pode superar ambos, pois o maior líder político em Minas hoje é ele”, argumenta.

Bolsonaristas

Entre os bolsonaristas, a aposta principal para a disputa ao Senado é o nome do deputado federal e ex-ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). Nome forte de apoio ao presidente desde a campanha que levou Bolsonaro à Presidência em 2018, o deputado federal participou ativamente das três últimas visitas do presidente à Minas Gerais – em agosto à Ipatinga, no Vale do Aço, e Uberlândia, no Triângulo, e a Belo Horizonte nesta semana.

Durante a visita à capital mineira, Bolsonaro elogiou Marcelo Álvaro Antônio dizendo que o político o acompanha desde o início. “O Marcelo está comigo desde antes de eu ser presidente. Todos os dias tem buscado soluções para Minas Gerais; é um grande aliado”, disse Bolsonaro. 
Outra legenda importante para a disputa ao Senado, o PSDB, ainda não definiu o futuro. Um dos possíveis nomes dos tucanos, o deputado federal Paulo Abi-Ackel – que também é o presidente estadual da legenda – vê que o posicionamento da legenda em Minas será definida pelo cenário nacional. “Sabemos que a saída pelo Brasil é a construção da terceira via e isso não acontece sem passar por Minas”, enfatizou Abi-Ackel. 

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