Estado Islâmico decapita refém americano; Obama condena ato de "pura maldade"

AFP
16/11/2014 às 19:39.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:02
 (Reprodução)

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Washington (AFP) - O presidente americano, Barack Obama, confirmou neste domingo (16) a morte do voluntário americano Peter Kassig, que passou a se chamar Abdul-Rahman Kassig, após se converter ao Islã, denominando sua decapitação pelas mãos de membros do grupo Estado Islâmico de ato de "pura maldade". Um vídeo divulgado pelos militantes exibiu a decapitação de Kassig e de 18 homens apresentados como militares sírios.   O jovem americano, de 26 anos, tinha sido capturado no ano passado e foi ameaçado em outro vídeo, divulgado em 3 de outubro, que mostrou a decapitação de outro voluntário, o britânico Alan Henning.   "Abdul-Rahman foi tirado de nós em um ato de pura maldade praticado por um grupo terrorista que o mundo corretamente associa com a desumanidade", declarou Obama, em um comunicado divulgado a bordo do avião presidencial Air Force One, durante sua viagem de retorno aos Estados Unidos, após visita de Estado à Ásia.   "Assim como Jim Foley e Steven Sotloff, antes dele, sua vida e feitos se põem em total contraste com tudo o que o ISIS representa", acrescentou Obama, usando outro acrônimo pelo qual o Estado Islâmico é conhecido.   Kassig havia fundado um grupo de ajuda, no qual ele mesmo treinou 150 civis para dar ajuda médica ao povo sírio. Seu grupo também distribuía comida, suprimentos para cozinhar, roupas e remédios para os necessitados.   "Enquanto o ISIS se deleita com o massacre de inocentes, inclusive muçulmanos, e só se inclina em semear a morte e a destruição, Abdul-Rahman foi um filantropo, que trabalhou para salvar as vidas dos sírios prejudicados e destituídos pelo conflito sírio", acrescentou Obama.   "As ações do ISIS não representam a fé, menos ainda a fé muçulmana que Abdul-Rahman adotou como sua", prosseguiu.   O presidente enalteceu a obra de Kassig como "atos abnegados de um indivíduo que se preocupava profundamente com a situação do povo sírio".   Ex-soldado americano, Kassig foi o quinto refém ocidental morto pelo EI nos últimos meses, depois da decapitação dos jornalistas americanos Sotloff e Foley, e de outros dois voluntários britânicos.   Sua morte ocorre em um momento em que os Estados Unidos se preparam para dobrar sua presença militar no Iraque para 3.100 homens, como parte da campanha internacional que o país lidera contra o EI.   Obama expressou sua confiança em que "o espírito indomável da bondade e da perseverança que ardia tão fortemente em Abdul-Rahman Kassig, e que mantém unida a humanidade, será por fim a luz que irá prevalecer sobre a escuridão do ISIS".   Em um vídeo sem data, um homem, que parece ser o mesmo militante com sotaque britânico, apelidado de 'Jihad John', que decapitou reféns ocidentais anteriormente, aparece de pé, junto de uma cabeça cortada.

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