‘Estamos à beira do abismo’, afirma ministro Augusto Heleno sobre Previdência durante palestra em BH

Renata Evangelista
08/07/2019 às 14:22.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:26
 (Sebastião Jacinto Júnior/Fiemg/Divulgação)

(Sebastião Jacinto Júnior/Fiemg/Divulgação)

"O Brasil não sai do buraco sem a reforma da Previdência. Estamos à beira do abismo". A afirmação é do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Augusto Heleno, que esteve em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (8), para evento empresarial.

"É inadiável e fundamental para o nosso futuro. O investidor precisa de segurança. A partir daí (aprovação da reforma) será um novo país, vai chover dinheiro, independente do presidente", declarou o militar, que defendeu ferrenhamente a medida.

Na capital mineira, Augusto Heleno discursou para cerca de 450 empresários e listou algumas das ações tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). "O crescimento não é fácil. O Bolsonaro tem seis meses de governo, não vai concertar tudo neste período. E pegamos o Brasil quebrado", disse. Ele adiantou que, depois da reforma da Previdência, uma das metas do governo será a reforma Tributária "que já está na agulha".

Na avaliação do general, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia vai abrir portas para outras negociações. "Foi importante para nós", acredita

Investimento

Para o empresariado mineiro, o ministro contou que Bolsonaro investirá na conclusão de obras que foram iniciadas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que estão inacabadas. 

"A preocupação do governo é acabar com as milhares de obras que foram iniciadas", disse. "A infraestrutura é o grande motor do país", completou. 

Entre as medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal, ele citou as concessões de rodovias, arrendamento de aeroportos e integração de ferrovias. 

Segurança

O general definiu o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, como "herói nacional" e, também, ressaltou a importância do pacote anticrimes apresentado pelo ex-juiz. 

"A segurança pública se tornou um problema de segurança nacional. Estamos caminhando para nos tornar um ‘narcopaís’", falou em referência ao tráfico de drogas e armas no Brasil.

Educação

Augusto Heleno destacou que a educação do país está "deplorável" e, para mudar este cenário, acredita que é preciso valorizar o professor e deixar de ensinar com cunhos ideológicos. 

Para o ministro, o Brasil forma analfabetos funcionais e, também por isso, brasileiros com "diploma não conseguem a produtividade do currículo".

Amazônia

Sobre a Floresta Amazônica, o ministro foi enfático ao afirmar que não acredita nos índices de desmatamento que são divulgados por ONGs. "Se fosse assim, não teríamos mais floresta. A conta não fecha", argumentou. 

Ele reconheceu que é necessário fazer um trabalho de conscientização com as populações ribeirinhas, para que elas não se envolvam com o ilícito para ganhar dinheiro, e reconheceu que é necessário monitorar melhor as fronteiras com do país, até para evitar "crimes de tráfico de drogas e armas."

O general Augusto Heleno esteve em BH a convite da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) para proferir a palestra "Desafios para a reconstrução de um país democrático e feliz".

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