Estratégia de combate à gripe suína é revista no Sul

Daniel Cardoso
05/09/2012 às 09:54.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:01

O elevado número de mortes na Região Sul em decorrência da gripe suína levou dois estados a revisar sua estratégia de combate à doença. Até o dia 20 de agosto, o País registrou 2.398 casos da doença e 307 mortes. Desse total, 1.786 pessoas adoeceram e 177 morreram na Região Sul.

Em Santa Catarina, que teve 755 casos confirmados e 74 óbitos, a Secretaria de Estado da Saúde planeja uma aproximação mais estreita com os médicos para sensibilizá-los sobre o tratamento correto, com o oseltamivir, conhecido pela marca Tamiflu. Um dos motivos apontados para o aumento das mortes é de que profissionais trataram os pacientes de maneira tradicional, evitando o uso do antiviral.

"Vamos realizar eventos com os profissionais para explicar o procedimento correto e conscientizar sobre a importância do medicamento. Essas conferências também estarão disponíveis na internet e poderão ser acessadas por todos os médicos", diz Fábio Gaudenzi, diretor de Vigilância Epidemiológica (Dive). Segundo ele, uma das dificuldades é que a maior parte dos médicos não pertence aos quadros do Estado, mas aos municípios ou à rede de atendimento privada.

No RS, o governo estadual está fazendo uma auditoria de cada um dos 63 óbitos registrados neste ano no Estado para identificar eventuais falhas de pacientes, famílias, médicos ou estrutura de atendimento. O resultado deve ficar pronto até o final do mês e pode identificar se há necessidade de alguma alteração na estratégia de contenção da doença para 2013.

Em reportagem desta terça-feira (4) do Estado, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, reconheceu que "em vez de usar uma estratégia que já se mostrava eficaz (o uso do antiviral oseltamivir), ficamos discutindo quem vacinar, se vamos vacinar jovens ou não".

Em nota divulgada também nesta terça-feira (4), o Ministério da Saúde informa que "o secretário Jarbas Barbosa reiterou que o foco da política do ministério é a ampliação do acesso oportuno ao oseltamivir, a exemplo da experiência adotada pelo Chile durante a pandemia da doença em 2009". Segundo a nota, "para o secretário, não faz sentido a discussão em torno do uso da vacina em outros grupos além dos já contemplados pela campanha do Ministério da Saúde quando estudos apontaram que a grande maioria dos óbitos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina neste ano foi causada pelo acesso tardio ao oseltamivir, ao contrário do protocolo de tratamento estabelecido pelo Ministério da Saúde". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
http://www.estadao.com.br

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