EUA agem discretamente para acelerar queda de presidente sírio

AFP
23/07/2012 às 07:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:45

WASHINGTON - O governo americano tentou bloquear, discretamente, a passagem de armas e petróleo do Irã para a Síria com o objetivo de acelerar a queda do presidente Bashar al-Assad, informou o jornal The Wall Street Journal na noite de domingo (22).

Citando funcionários americanos sob anonimato, o jornal informou que os esforços dos Estados Unidos pretendem que o Iraque feche seu espaço aéreo para voos entre Irã e Síria, que, segundo os serviços de inteligência americanos, servem para transportar armas destinadas às forças do regime de Assad.

Segundo o jornal, Washington também entrou em contato com autoridades do Egito para tentar deter barcos suspeitos de transportar armas e combustível até a Síria através do Canal de Suez.

Além disso, teria revelado informações secretas sobre a Síria aos militares de Turquia e Jordânia, para beneficiar os rebeldes sírios.

Este artigo é publicado num momento em que as forças leais a Assad lançaram ofensivas em Damasco, o que fez com que os moradores da região precisassem ser deslocados.

No entanto, a rebelião anunciou no domingo o início da "batalha da libertação" de Aleppo, a segunda cidade da Síria, através de um vídeo publicado no site YouTube.

As fronteiras da Síria com Iraque e Turquia foram um dos alvos dos dois grupos combatentes nos últimos dias. Os rebeldes controlam Bukamal, um posto fronteiriço com o Iraque, e três com a Turquia.

Por sua vez, os Estados Unidos afirmaram no domingo que "tornarão responsável" qualquer oficial ou autoridade síria envolvida no uso ou liberação das armas químicas do país.

A preocupação aumentou entre os países ocidentais depois que foram divulgadas informações de que Assad poderia estar pronto para utilizar seu arsenal de armas químicas em uma tentativa de salvar seu regime.

Segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), mais de 19 mil pessoas morreram pela violência na Síria desde o início da rebelião contra o regime, em março de 2011.

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