Explosão na Usiminas pode afetar caixa da empresa

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
10/08/2018 às 22:31.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:52
 (REDES SOCIAIS/REPRODUÇÃO)

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Depois de um longo período de recuperação econômica, um grave acidente registrado na Usiminas, em Ipatinga, coloca em risco o futuro financeiro da companhia. Após a explosão de um gasômetro, ontem, 34 pessoas ficaram feridas e o funcionamento dos dois altos-fornos foi temporariamente interrompido. Não há previsão para a retomada dos equipamentos. Na bolsa, os papéis da companhia chegaram a cair quase 11%, mas recuperaram a escalada e fecharam em R$ 7,91, retração de 7,27% na comparação com o dia anterior.

A explosão foi registrada por volta das 12 horas. Parte do gasômetro – grande estrutura que armazena os gases liberados na produção do aço – voou pelos ares. Conforme o chefe de comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, o principal componente do gás liberado era monóxido de carbono.

A usina e parte da cidade foram evacuados. O estrondo foi ouvido a quilômetros de distância e vários moradores registraram danos nos imóveis. O tremor de terra causado pela explosão alcançou 1,8 na escala Richter. O próprio carro do prefeito, Nardyello Rocha (MDB), ficou preso em uma garagem, cujo portão entortou. “Tivemos sorte porque o gás foi consumido pelas chamas”, afirmou o gestor municipal. 

Os feridos foram encaminhados ao hospital Márcio Cunha, que acionou o plano de atendimento de catástrofe. A maioria dos feridos apresentava intoxicação e foi liberada no decorrer do dia.

Bolsa

Segundo analistas ouvidos pelo Hoje em Dia, as incertezas com relação à produção da empresa, ameaçada pela interrupção dos alto-fornos, pressionam os papéis. Durante o dia, as ações chegaram a registrar ascensão, mas voltaram a cair após o anúncio de que os alto-fornos teriam o funcionamento suspenso.

De acordo com o Assessor de investimentos da Nex Invest, João Pedro Malaquias, a demora na retomada dos equipamentos pode impedir o crescimento da produção de aço da empresa, que deve girar entre 5% e 6% neste ano. Como reflexo, os papéis podem ser afetados. “A Usiminas vinha de uma escalada. Além de prever aumento na produção, a empresa conseguiu reajustar o preço do aço em julho. Esse movimento pode ser interrompido”, diz. 

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